O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deu uma ótima notícia. De acordo com ele, o valor cobrado na conta de luz vai baixar. Além disso, o chefe da pasta também revelou que haverá redução gradual da participação de usinas termelétricas a óleo na matriz energética do Brasil.
Essa revelação aconteceu durante um evento realizado em Parintins, no Amazonas. Na ocasião, junto com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o chefe da pasta participou do relançamento do programa Luz para Todos e o Linhão de Tucuruí e ainda relatou que o Brasil deixará de emitir 1,5 milhão de toneladas de CO2 até 2030.
Assim como publicou o Brasil123, na ocasião, também foi assinado um decreto que autoriza o Brasil a voltar a comprar energia da usina de Guri, localizada na Venezuela – logo nos primeiros meses de gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o fornecimento de energia da usina em questão foi interrompido e nunca mais foi retomado.
De acordo com o chefe da pasta, o decreto fará com que seja possível conseguir energia barata e sustentável para o estado de Roraima e para o Brasil como um todo. “O decreto permitirá realizar contratos para a trazer energia limpa e renovável da Venezuela, da usina de Guri, que volta a ter um papel importante para garantir energia barata e sustentável para Roraima e para o Brasil”, disse Alexandre Silveira.
Em nota, o governo federal relatou que a conexão entre os países poderá ser mais explorada em breve. Ainda conforme o comunicado, isso favorecerá, sobretudo, o atendimento eletroenergético do estado de Roraima. Hoje, Roraima é a única unidade da federação que está desconectada do sistema interligado nacional – por conta disso, por exemplo, até o começo de 2019, antes da suspensão decretada pela gestão Bolsonaro, a maior parte do atendimento aos consumidores locais era feita por meio da transferência de energia de Guri.
Para o ministro de Minas e Energia, houve “extremismo ideológico” da administração de Bolsonaro e, em sua visão, quem perdeu foram os consumidores brasileiros – com a usina da Venezuela barrada, Roraima passou deixou de usar energia sustentável para contar basicamente com o fornecimento vindo de usinas térmicas movidas a óleo combustível e a gás natural.
No decreto assinado, também há a previsão da ampliação das possibilidades de intercâmbio de energia elétrica com países que fazem fronteira com o Brasil – hoje, o Brasil tem intercâmbios internacionais de energia elétrica com a Argentina, Uruguai e o Paraguai, por meio da Usina Hidrelétrica Binacional Itaipu.
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