Renan Filho, ministro dos Transportes, considerou nesta quarta-feira (02) que uma eventual queda na taxa de juros do país será “muito positiva” para os futuros leilões de concessões de rodovias no Brasil. A declaração aconteceu durante um evento realizado na B3, a bolsa de valores de São Paulo. Isso, ao mesmo tempo em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide, em Brasília, o futuro dos juros no país.
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Hoje considerada excessivamente alta pelo governo federal, a Selic é vista como um entrave para o crescimento econômico e operações que envolvem a concessão de crédito e financiamento. De acordo com o ministro, no âmbito dos leilões de concessões, isso se torna ainda mais relevante por conta do plano ambicioso do ministério dos Transportes, que pretende publicar 35 editais até o final da atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – a expectativa é arrecadar R$ 300 bilhões em investimentos.
Ao discursar na B3, Renan Filho destacou sobre a importância da competitividade nesses leilões, considerando que existe uma percepção geral de que as últimas disputas tiveram poucos concorrentes – um exemplo é o leilão da rodovia Presidente Dutra, a de maior fluxo no Brasil, que contou com apenas um interessado.
“A busca por competitividade em leilão deve ser objetivo principal do ministério, da agência e de quem promove o leilão”, disse o ministro, que ainda comparou a atual gestão com a anterior, do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, quando comparado com a administração passada, nota-se que existe, agora, um maior diálogo com os agentes reguladores e com o Tribunal de Contas da União (TCU), o que, na visão do chefe da pasta, acaba proporcionando uma espécie de “destravamento” de conflitos.
“Deve haver uma relação sólida e madura do poder público com o mercado”, destaca o ministro, completando que considera que o atual ambiente judiciário, político e econômico permite que seja possível “resolver soluções que foram dadas no passado e que estavam desequilibradas”.
Por fim, ao comentar sobre os próximos passos do ministério liderado por ele, Renan Filho fez a avaliação de que a construção de uma base mais sólida do governo Lula no Congresso Nacional fará com que seja possível trazer “condições de fazer mudanças ainda mais profundas”.
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