Márcio França, que é ministro de Portos e Aeroportos, afirmou nesta quarta-feira (19) que o programa de passagens aéreas a R$ 200, apelidado de “Voa Brasil”, deve começar nos próximos meses, mais precisamente em agosto.
De acordo com o chefe da pasta, em declaração feita durante participação nas comissões de Infraestrutura e Desenvolvimento Regional do Senado, essa iniciativa terá algumas regras, como a limitação a quatro passagens por pessoa, por ano, sendo cada bilhete referente a um trecho.
“A ideia da gente é que [o programa comece] para agosto, depois de passar pelo governo, pela Casa Civil. Enfim, a aprovação do nome que vai ser, se vai ser esse mesmo nome. Nós faremos”, disse o ministro, revelando ainda que já confirmaram participação na iniciativa as empresas Latam, Gol e Azul.
Durante a entrevista, o chefe da pasta relatou que as companhias aéreas sugeriram a cobrança de até R$ 200 para qualquer trecho. Isso, durante os “períodos de ociosidade”, como março, abril, maio, agosto, setembro, outubro e novembro.
Por fim, Márcio França relatou que o programa “Voa Brasil” funcionará através do próprio aplicativo das empresas aéreas e será destinado para as pessoas que não viajaram de avião nos últimos 12 meses. “Se a pessoa não voou há um ano, pode comprar. Se a pessoa for financiar, aí tem diversas possibilidades. Se for servidor público, se for alguém da previdência ou se for alguém que tem algum vínculo com o governo, ele poderá fazer isso no formato consignado”, detalhou o ministro.
Esse programa foi anunciado por França no mês passado. Na ocasião, ele levou uma bronca indireta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmou que programas não podem ser lançados sem aprovação prévia da Casa Civil.
Nesta quarta, Márcio França também falou sobre a chegada de companhias que oferecem tarifas mais baixas, já que eliminam alguns serviços oferecidos pelas demais empresas. Segundo ele, duas companhias devem começar a oferecer viagens no país em breve.
“Com a chegada de empresas low cost no Brasil – pelo menos uma já deu certeza e a segunda deve vir para o Brasil – nós teremos, então, a disputa sadia de empresas que fazem voos mais baratos em condições mais simples”, afirmou ele. “As poltronas são menores, o voo não tem nenhum tipo de serviço, a não ser que seja pago. Mas no mundo todo existe isso e dá uma diferença enorme”, disse Márcio França.
Leia também: A pedido de Lula, governo volta atrás sobre extinção de benefícios para compradores de sites como Shein e Shopee