O governo federal já tem os dados de quem foram os financiadores dos atos golpistas que culminaram na invasão e depredação das sedes do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto. A informação foi revelada, nesta quinta-feira (12), por Alexandre Padilha, ministro de Relações Institucionais.
Veja quem deve arcar com o custo de reparo após atos terroristas em Brasília
Em entrevista ao canal “CNN Brasil”, o chefe da pasta afirmou que o governo também já sabe quem foram as pessoas que participaram dos atos de terrorismo registrados no último domingo (08). “O Ministério da Justiça tem dados de quem financiava ônibus, quem financiava acampamento, deslocamento. Temos dados de quem estava nos hotéis, ônibus, um processo de apuração firme das pessoas que estão detidas”, detalhou o ministro.
Ainda durante a entrevista, Alexandre Padilha relatou que a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de decretar intervenção federal em Brasília “estancou um golpe de estado que estava sendo montado”. Segundo o ministro, “ninguém quer revanchismo ou perseguição, mas o Brasil não pode passar pano diante dos atos terroristas que vimos no domingo”.
O chefe da pasta relatou ainda que não tem acesso a informações sobre os nomes já identificados pela Polícia Federal (PF) e que caberá ao STF fazer cruzamentos com o inquérito das fake news e outras investigações. Não suficiente, ele relatou que o Congresso deve discutir quais instrumentos de apuração serão acionados.
Nesse sentido, ele destacou que tem sentido que existe no Congresso o espírito para punição de envolvidos nos atos antidemocráticos – nesta semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), confirmou que é a favor da abertura da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) dos Atos Antidemocráticos em fevereiro.
Por fim, Alexandre Padilha ainda comentou sobre as especulações de que José Múcio Monteiro, ministro da Defesa, seria demitido do cargo. Segundo ele, “nunca existiu desconfiança de Lula em relação a Múcio”. Nesse sentido, o chefe da pasta afirma que José Múcio é “o homem certo, na hora certa, em uma tarefa árdua”.
Leia também: Aliados de Lula querem punição rigorosa a policiais que ajudaram terroristas em Brasília