O início de 2023 está sendo marcado por grandes catástrofes naturais no Brasil, principalmente por conta das fortes chuvas de verão que assolam várias regiões do país. Nesse sentido, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, defendeu nesta terça-feira, dia 21 de fevereiro, uma melhoria no sistema de alerta de desastres naturais.
Segundo o próprio ministro, ainda existe uma grande quantidade de regiões em áreas perigosas que não possuem sistema de alertas de catástrofes naturais, como sirenes de alerta e preparação para a cidade. Com isso, o objetivo é que a população leve mais a sério os alertas, saiba como agir e tenha onde se proteger em situações de risco.
“É importante a gente entender que nós precisamos criar alertas localizados e com preparação dessa comunidade. Sirenes, por exemplo, e toda a população ser preparada para isso, a igreja, a escola, os comerciantes, a sociedade”, afirmou Góes.
Parceria do ministro e outras cidades
Segundo o ministro Waldez Góes, ele irá reunir uma força para realizar parceria entre o governo federal e os governos locais, principalmente aqueles em cidades que são mais propensas a desastres naturais.
Além disso, o ministro disse que será uma longa tarefa para que ajudas que sejam definitivas sejam realmente feitas. Mas por outro lado, disse que o foco será em espalhar sistemas que ajudem não na prevenção, mas no alerta de possíveis catástrofes, para que assim as pessoas consigam se deslocar da região e evitar mortes no local.
O ministro afirmou que o tema já foi abordado com a Defesa Civil federal, que ficou a cargo do Ministério da Integração e Desenvolvimento.
A última catástrofe aconteceu durante os dias de carnaval e afetou grande parte do litoral de São Paulo. Os temporais acabaram causando deslizamento de terra, interrupção de estradas e a queda no abastecimento de água. Ao todo o número de mortos já passa dos 40, sendo que ainda existem muitas pessoas desaparecidas.
O descaso do governo Bolsonaro na prevenção de catástrofes
O ministro Waldez Góes afirmou também que o governo federal tem dificuldades em repassar ajuda nas catástrofes desse início de ano, pois o governo do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), deixou apenas R$ 25 mil nos cofres que são destinados a catástrofes e desastres.
Além disso, o ministro afirmou que houve um reforço nos investimentos para a prevenção de desastres naturais. O ministro ainda citou alguns dos planos do governo federal para evitar novas catástrofes em regiões de risco.
Segundo ele, existe um levantamento de 14 mil pontos no Brasil com risco muito alto de deslizamento. Aproximadamente 4 milhões de pessoas vivem nessas regiões já mapeadas pelo governo. É fundamental haver continuidade em programas habitacionais de demanda dirigida, que deve ser uma rotina constante.