O Ministério da Saúde vai avaliar os dados da decisão da Agência da Vigilância Sanitária (Anvisa) que liberou o uso da CoronaVac para crianças de três a cinco anos. A informação foi revelada nesta quinta-feira (14) pelo ministro da pasta, Marcelo Queiroga.
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Segundo ele, que deu a declaração em entrevista ao canal “Globo News”, a Câmara Técnica de Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI) vai fazer a avaliação até a próxima segunda-feira (18) para dar um parecer sobre o imunizante.
“A CTAI conforme a regulamentação, vai avaliar os dados da avaliação da Anvisa. Até segunda ocorrerá a reunião técnica”, disse Marcelo Queiroga, completando que o Ministério da Saúde vai discutir com o Instituto Butantan, o responsável no Brasil pela importação e parte da produção da CoronaVac, a disponibilidade do imunizante para a aplicação no país.
Hoje, a CoronaVac é usada para vacinar pessoas a partir dos seis anos. Na última quarta-feira (13), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por unanimidade, aprovou a autorização do uso do imunizante em crianças a partir de três anos, sem restrições.
Ao apresentar o relatório que culminou no parecer favorável do imunizante, a Anvisa destacou que, desde que a vacina passou a ser aplicada em crianças ou adolescentes brasileiros, nenhuma pessoa do público alvo em questão morreu por conta da vacina.
“Nenhum óbito foi relacionado à vacina CoronaVac desde o início da vacinação no Brasil, tanto em crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos, quanto na faixa acima de 18 anos”, reforçaram os técnicos da Anvisa ao dar o parecer positivo ao imunizante.
Depois da aprovação da Coronavac, o Butantan anunciou que fez uma solicitação para que o imunizante seja incluído no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para crianças de três a cinco anos.
Em entrevista ao canal “Globo News”, o médico pediatra infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunização, Renato Kfouri, afirmou que a estimativa é que sejam necessárias cerca de dez milhões de doses da vacina para que o público em questão possa ser completamente imunizado.
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