Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, afirmou nesta quarta-feira (29) que a consulta pública sobre vacinação das crianças de cinco a 11 anos já é uma questão pacificada. Assim como vem publicando o Brasil123, apesar de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter recomendado a vacinação dessa faixa etária com imunizante da Pfizer, a pasta resolveu abrir uma consulta pública para tratar sobre o assunto.
“Isso é um assunto já pacificado. A recomendação do Ministério [da Saúde] está aí para que todos os brasileiros tomem conhecimento, para que a sociedade civil possa se manifestar”, afirmou Marcelo Queiroga em entrevista coletiva.
De acordo com ele, a consulta pública é “um instrumento da democracia, amplia a discussão sobre o tema e dá mais tranquilidade aos pais para que eles possam levar os seus filhos às salas de vacinação”. Essa consulta começou na última quinta-feira (23) e ficará disponível até o próximo domingo (02). Já o resultado deverá ser divulgado na quarta-feira (05).
Na coletiva, Marcelo Queiroga também comentou sobre o fato de que alguns estados já anunciaram que não vão seguir a recomendação da pasta, que pretende obrigar que a vacina seja somente aplicada após prescrição médica.
“Governadores falam em prescrição (médica), prefeitos falam em prescrição. Pelo que eu sei, a grande maioria deles não é médico, então eles estão interferindo nas suas secretarias estaduais e municipais”, criticou o chefe da pasta.
Ministro fala sobre a campanha de vacinação
Ainda na entrevista, o ministro avaliou que o país tem avançado muito na campanha de vacinação contra a covid-19. Para ele, a chave do sucesso é a “é a liberdade dos brasileiros em buscar as políticas públicas”.
“A população brasileira avançou bastante na nossa campanha de imunização: 80% da população vacinável, ou seja, aqueles acima de 12 anos, tomaram duas doses de vacina. Isso mostra o grande sucesso da nossa campanha de vacinação. E o principal ponto para essa campanha ter sucesso é a liberdade dos brasileiros em buscar as políticas públicas”, destacou.
Por fim, ele ressaltou que, apesar do sucesso, ainda existem estados que estão abaixo da média no quesito vacinação. De acordo com ele, Amapá, Roraima, Maranhão ainda estão abaixo da média de cobertura vacinal do país e preocupam a pasta. “No Maranhão a situação só não é mais difícil por causa da capital, São Luís, onde o índice de vacinação é alto”, detalhou.
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