O ConecteSUS, plataforma com dados de saúde dos brasileiros e que mostra comprovantes de vacinação contra a Covid-19, deve voltar a funcionar até a próxima quarta-feira (22), afirmou Marcelo Queiroga, ministro da Saúde.
De acordo com o chefe da pasta, em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (20), a previsão foi informada a ele por técnicos que trabalham para recuperar o sistema, que foi derrubado por um ataque hacker no último dia 10.
Além deste ataque no dia 10, o ministro relatou que houve novas tentativas de invasão nos dias seguintes. “Então, fomos vítimas de um ataque de hackers, né. São criminosos e estamos trabalhando fortemente, dia a dia, para retornar o ConecteSUS”, disse Queiroga.
“A expectativa, eu não quero aqui cravar. Porque eu já falei que voltaria semana passada, sofremos um ataque de hackers um pouco depois, um outro, né. A impressão que me foi passada pelos técnicos é que até quarta-feira estaria solucionado”, completou o chefe da Saúde.
Ministro comenta ataques à Anvisa
Durante a coletiva, Marcelo Queiroga também comentou sobre os ataques que servidores e diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estão sofrendo por conta da liberação da vacina contra a Covid-19 para crianças.
“São ações de criminosos que ameaçam os funcionários públicos. Eu mesmo sofro ameaças, também, e a gente está trabalhando aqui firme para resolver o problema da pandemia. Mas são ações que devem ser resolvidas pela PF”, afirmou o ministro.
Em outro momento, ele também comentou sobre uma eventual responsabilidade de Jair Bolsonaro (PL) nesses ataques, pois o presidente afirmou que iria revelar os nomes dos responsáveis pela liberação do imunizante.
De acordo com Queiroga, ele é a favor da divulgação dos nomes dos técnicos. Todavia, ele não relatou se acredita que existe relação entre a postura do presidente e os ataques ao corpo técnico da Anvisa.
“O serviço público é caracterizado pela publicidade dos seus atos. Então, todos os técnicos que se manifestam em processos administrativos, têm que ser publicizados os atos, a não ser aqueles atos que são mais restritos. Mas não há problema em se ter publicidade dos atos da administração, acredito que isso é até um requisito da Constituição”, declarou.
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