Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou nesta quarta-feira (25) em entrevista ao canal “Globo News”, que o governo não irá prorrogar a intervenção na Segurança Pública do Distrito Federal. Essa intervenção está prevista para acabar no próximo dia 31 de janeiro.
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Assim como publicou o Brasil123, a intervenção foi decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 09 de janeiro. Com isso, a União passou a ser a responsável pelo comando da segurança pública no Distrito Federal no lugar do governo local até o dia 31 de janeiro – O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, foi nomeado o interventor.
Essa decisão de Lula aconteceu por conta dos ataques de 08 de janeiro, quando apoiadores radicais do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto.
“Sim, a intervenção federal findará no dia 31 de janeiro porque não há mais causa constitucional para intervenção”, afirmou Dino. “Nós consideramos que a intervenção cumpriu o seu papel. Já inicia amanhã uma transição”, disse nesta quarta Flávio Dino ao ser questionado sobre a medida decretada por Lula.
Na terça-feira (24), assim como publicou o Brasil123, Flávio Dino revelou que levará para Lula propostas que visam reforçar a segurança em Brasília. De acordo com ele, algumas sugestões, que serão entregues para Lula na próxima quinta-feira (26), vêm no formato de Emenda à Constituição, o que exige o aval do Congresso Nacional.
Na ocasião, ele explicou que das propostas, três são consideradas principais, sendo elas: a criação de uma Guarda Nacional, a federalização da segurança pública do Distrito Federal e o reforço da Força Nacional. “A intenção é que, ao final da discussão, uma das ideias seja colocada em prática”, disse o ministro.
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