Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou nesta segunda-feira (20) que o governo poderá levar quantos policiais forem necessários para ajudar da tentativa de manter a segurança no estado do Rio Grande do Norte. A Afirmação aconteceu no momento em que ele relatava que o governo pode enviar mais 800 agentes para a região nos próximos dias.
De acordo com Flávio Dino, até o momento, o governo federal já enviou cerca de 700 policiais para o Rio Grande do Norte. “Se houver uma necessidade adicional, o que nós não acreditamos, esses 700 poderão virar 1.000, 1.200, 1.500, ou quanto o Rio Grande do Norte precisar. Nós não economizaremos no que é o principal, que é a paz social de um estado tão importante”, afirmou o chefe da pasta.
Ainda segundo o ministro, que relatou que o governo já investiu mais de R$ 5 milhões com a operação, no domingo, houve uma reunião para entender o atual momento e o que ainda é necessário fazer. Além disso, também foi tratado sobre quais os “investimentos estruturantes na segurança pública do sistema penitenciário do Rio Grande do Norte”.
“Fizemos uma reunião por telefone com a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, e com o presidente Lula […] para, além da dimensão da crise, nós também dimensionarmos o apoio financeiro necessário para que sejam compradas mais viaturas e armamentos e para que tenhamos uma reestruturação do sistema penitenciário do estado”, disse ele.
Na entrevista, o ministro ainda relatou que o governo deve promover o aumento dos recursos disponíveis para auxiliar a reestabelecer a segurança pública do estado. “Posso afirmar que o cronograma será imediato. São recursos que não dependem da votação de leis ou de previsão orçamentária, mas que o Ministério da Justiça dispõe, tanto para a área de segurança pública quanto para a área penitenciária”, disse ele, destacando que, no momento, “o Rio Grande do Norte é prioridade nacional”.
Por fim, Flávio Dino descartou a ideia de usar as Forças Armadas. Segundo ele, essa negativa acontece porque indicadores de segurança pública mostram uma melhora no estado, o que faz com que não seja necessário acionar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) – essas ações acontecem exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República nos casos em que há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública e em graves situações de perturbação da ordem.
Desde o começo da semana passada, o estado do Rio Grande do Norte enfrenta uma onda de violência. De acordo com as informações, as ações criminosas estão sendo deflagradas por uma facção do estado que se diz descontente com as condições dos presídios do estado.
Leia também: Avaliação de Lula já é maior que do antigo governo