Acontece nesta terça-feira (31) a votação do requerimento proposto pelo deputado federal Delegado Waldir (União Brasil) com o objetivo de convocar Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública, para que ele comente dois fatos: a morte de Genivaldo de Jesus e a chacina no Rio de Janeiro.
O requerimento em questão visa ouvir o ministro na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) sobre dois temas que repercutiram muito na última semana. O primeiro foi a chacina na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro. Na ocasião, 23 pessoas morreram.
Já o segundo assunto é sobre a morte de Genivaldo de Jesus Santos, um homem negro de 38 anos que acabou morrendo em Umbaúba, município no litoral sul de Sergipe, depois de uma ação de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os policiais o prenderam dentro da viatura e acionaram um gás, fazendo com que ele morresse asfixiado.
No requerimento, também é solicitado que o chefe da pasta compareça à CCJ para esclarecer sobre a morte de dois agentes da PRF, que morreram no Ceará depois de serem baleados e também sobre “a operação padrão adotada por parte da categoria demandando recomposições salariais”.
“Queremos entender quais foram as medidas empregadas pelo Ministério para apurar os fatos supramencionados, quais ações têm sido adotadas para a melhoria da estrutura, do preparo e da valorização das carreiras policiais, e de como essas melhorias podem influenciar na melhoria do serviço prestado à sociedade”, escreveu o deputado em seu requerimento.
Ainda no documento, há a solicitação de que a convocação do ministro seja realizada em conjunto com as Comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e de Direitos Humanos e Minorias.
De acordo com o deputado, isso acontece para que seja possível realizar, com a presença do ministro, “um amplo debate sobre como as condições de trabalho da categoria podem influenciar em possíveis violações a direitos e garantias fundamentais”.
“Todos os casos narrados ilustram bem a situação das corporações policiais no Brasil, que, além de expostas aos mais diversos riscos inerentes à profissão, precisam lidar diariamente com o desrespeito e a falta de estrutura e de valorização, expondo a população a enormes riscos”, escreveu o Delegado Waldir no requerimento.
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