O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez um pedido aos empresários do país nesta quinta-feira (9). A saber, o chefe da equipe econômica do governo federal pediu que os empresários travem os preços dos produtos nos próximos meses.
Em resumo, Guedes participou do Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), acompanhado do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Aliás, o presidente pediu a empresários do setor de alimentos que cortassem o lucro sobre a produção e a venda da cesta básica no evento. O apelo ocorreu no mesmo dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a inflação no país em maio (0,47%).
Embora tenha desacelerado, a taxa inflacionária anual chegou a 11,73%, ainda bem distante da meta central para 2022, de 3,5%. E o governo tenta evitar um avanço ainda mais expressivo da inflação no país.
“Reforço o pedido do presidente: agora é hora de dar um freio na alta de preços. É voluntário, é para o bem do Brasil”, disse o ministro. “O empresariado tem que entender o seguinte: temos que quebrar cadeia inflacionária”, acrescentou Guedes.
Bolsonaro e Guedes participaram do evento por videoconferência, visto que o presidente está nos Estados Unidos, onde participa da Cúpula das Américas.
Margem de lucro dos supermercadistas está apertada
Vale destacar que o pedido do ministro da Economia se referiu aos empresários, para que travem os preços. No entanto, ele reconheceu que a margem de lucro dos supermercadistas está “estreita”.
“Não é com vocês a conversa. A conversa é a seguinte: ICMS, IPI, nós reduzimos, então ao longo da cadeia [houve] trégua”, disse. “Nova tabela de preços só em 2023. Trava os preços. Vamos parar de aumentar preços por dois ou três meses. Estamos em uma hora decisiva para o Brasil”, acrescentou.
Caso a taxa inflacionária supere 5,0% em 2022, o país irá estourar pelo segundo ano consecutivo a meta da inflação. Aliás, economistas do mercado financeiro projetam uma taxa de 8,89% neste ano. Resta aguardar para ver se as ações do governo evitarão um novo estouro da meta.
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