O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta terça-feira (14) a redução do ICMS. A saber, o Senado Federal aprovou o texto na véspera, mas com alterações. Por isso, o projeto voltará para a Câmara dos Deputados para uma nova votação.
O projeto limita a cobrança do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, gás natural, telecomunicações e transporte coletivo. Em resumo, estes itens passam a ser considerados como bens e serviços essenciais. Assim, os estados ficam proibidos de cobrar uma taxa superior à “alíquota geral”, que varia entre 17% e 18%.
“Quando você reduz os IPIs e o ICMS, você está dando margem de folga. Mesmo que os custos subam, você tem uma margem de folga, de gordura, para não ficar reajustando preço toda hora“, disse o ministro. A propósito, a declaração ocorreu na abertura do Fórum de Investimentos Brasil 2022 (BIF 2022), em São Paulo.
Ministro afirma que nunca defendeu o congelamento de preços
No evento, Guedes voltou a afirmar que nunca defendeu o congelamento de preços. De acordo com ele, a redução de impostos é algo “completamente diferente”.
“Não tem nada a ver com tabelamento. É patético. Têm pessoas que ressuscitam seus próprios fantasmas, das próprias tolices que fizeram no passado. Quem congelou preços lá no passado tem esse fantasma na cabeça pelo desastre que causou na economia brasileira”, disse o ministro.
Guedes também rebateu as críticas daqueles que afirmam que a redução do ICMS tem viés eleitoreiro. Segundo ele, a diminuição dos impostos permite que o comércio não remarque preços de forma voluntária, mesmo que os custos fiquem mais altos. “Se não quiser fazer, que se dane, aumenta o preço e o consumidor sai de perto”, afirmou.
O ministro ainda que não tem “a menor dúvida quem vem uma recessão na Europa e nos Estados Unidos”. Por outro lado, disse que a economia brasileira está “começando a decolagem de novo”.
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