Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais, revelou na noite desta sexta-feira (24) a liberação de R$ 3 bilhões em emendas parlamentares para cerca de três mil municípios. Segundo o chefe da pasta, a liberação desses recursos só foi possível por conta do “diálogo” e “cooperação entre o Congresso e o governo federal”.
O anúncio acontece dias antes da Marcha dos Prefeitos, um evento organizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) que ocorre na semana que vem. “Estaremos de braços abertos para receber prefeitas e prefeitos de todo o Brasil”, publicou em sua contado Twitter o ministro.
Antes da publicação, o ministro concedeu uma entrevista coletiva e, na ocasião, disse que esses recursos ajudarão os municípios na retomada de obras e na implantação de diversos projetos.
“Esses recursos só vão chegar graças ao diálogo e à cooperação entre o Congresso e o governo federal. As emendas foram apresentadas por parlamentares de diversos partidos e o governo analisou todas elas com base em critérios técnicos”, disse ele.
Por fim, o chefe da Secretaria de Relações Institucionais ainda relatou que as verbas deixaram de ser pagas no governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que agora foram autorizadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Isso mostra o nosso compromisso na reabilitação do pacto federativo, após o desgoverno dos últimos anos”, disse.
Ministro fala sobre MPs
Em outro momento, Alexandre Padilha ainda afirmou que Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, comprometeu-se, em reunião com Lula, com a tramitação das medidas provisórias no Congresso Nacional. “Foi uma conversa de muito respeito institucional, de muito diálogo, para que os temas prioritários que estão lá nas medidas provisórias, nas leis, no debate do Marco Fiscal, possam progredir tanto na Câmara quanto no Senado”, disse o ministro.
Na sequência, ele relatou que Arthur Lira, na conversa com Lula, “garantiu que tem compromisso com os temas que estão lá, como também já garantiu, deu publicidade para isso, do compromisso com um debate com qualidade, celeridade na Câmara do Marco Fiscal”.
Nas últimas semanas, o governo federal tem atuado como uma espécie de “bombeiro” diante da queda de braço travada entre membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal por conta da tramitação de medidas provisórias. A gestão do presidente Lula tem o receio de que, continuando esse impasse entre as Casas, haja um atraso ainda maior na tramitação de iniciativas consideradas essenciais pelo governo petista.