O mundo dos concursos recebeu uma ótima notícia nesta terça-feira (25). De acordo com a ministra da Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos, Esther Dweck, o governo federal pretende abrir novos certames que, juntos, somam quase dez mil vagas. A informação foi revelada pela chefe da pasta em entrevista ao jornal “Folha de São Paulo”. Na ocasião, ela relatou que a intenção é dobrar o quantitativo de vagas já autorizadas para concursos públicos do Governo Federal.
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Nesse sentido, ela afirma que a expectativa é preencher de oito a dez mil vagas ainda em 2023, além das seleções já autorizadas. Assim como publicou o Brasil123, somente na última semana, a chefe da pasta anunciou a autorização para diversos concursos que, juntos, somam mais de 2400 vagas.
Conforme Esther Dweck, a intenção é antecipar para 2023 parte das seleções anteriormente previstas para ocorrer somente em 2024. Nesse sentido, ela afirma que tem sido feita uma negociação com o Ministério do Planejamento, chefiado por Simone Tebet, para antecipar parte do orçamento federal que seria de 2024.
“Se o concurso for no ano que vem, a pessoa poderá entrar só lá em 2025, faltando apenas dois anos para o fim dessa gestão. Não está certo ainda, porque não sentei com a ministra Simone Tebet. Mas tento antecipar ao menos uma parte”, disse a ministra.
Segundo a chefe da Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos, essas iminentes novas vagas não devem englobar institutos federais, universidades públicas e concursos militares. Nos últimos meses, a ministra tem sido cobrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por vagas nessas instituições.
Em diversas ocasiões, o petista já citou que, em sua visão, é preciso focar na reposição de pessoal em diversos órgão, como o Ibama, por exemplo, que ainda não conta com nova autorização para contratação de servidores. “Ele sente a falta quando pede as coisas e dizem para ele que não conseguem fazer porque falta gente. É por isso que ele fala que os ministérios estão vazios”, explicou a ministra.
Para Esther Dweck, nos últimos anos, a falta de realização de novos concursos nos últimos anos concorreu com a reforma da previdência, que fez com que inúmeros servidores pedissem aposentadoria. Segundo ela, isso acabou ocasionando uma grande carência de pessoal no serviço público.
“Hoje, são 80 mil pessoas a menos do que havia em 2016. É uma perda superior a 10%. Sabemos que não vamos recompor exatamente o quantitativo que era antes. Mas não temos esse número perfeito porque não é tão fácil assim mensurar o efeito da transformação digital”, explicou.
Por fim, a ministra ainda revelou que estão sendo feitos estudos para espalhar as ofertas de vagas, porque, segundo ela, essas oportunidades estão muito concentradas nas capitais. “Estamos estudando como ampliar o número de cidades onde ocorrem os concursos para pulverizar o acesso. Hoje, estão muito concentrados nas capitais. Ainda estamos discutindo o PL (projeto de lei) dos concursos públicos. Já fizemos uma análise, mas não fechamos a nossa posição”, relatou a chefe da pasta.
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