O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) ficará responsável por definir as medidas relacionadas com casos de violência nas instituições de ensino. Ao anunciar a decisão, tomada nesta quinta-feira (06), a pasta revelou a criação de um protocolo para receber denúncias relacionadas a casos de violência em escola, como os ocorridos em São Paulo e em Blumenau.
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De acordo com as informações, a decisão de criar o protocolo aconteceu durante um encontro interministerial que contou com a participação de representantes do Ministério da Educação, da Justiça e do Esporte, entre outras pastas.
Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania afirmou que a iniciativa terá como foco combater o ódio e também a radicalização nos espaços escolares – os tópicos são tidos, por especialistas, como um dos principais fatores a influenciar casos como os registrados recentemente.
Conforme a pasta, dentre as propostas, está a criação de um canal específico para denúncias dentro do Disque 100, canal da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.
Não suficiente, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que tem à frente da pasta o ministro Silvio Almeida, também está planejando um projeto de cidadania e diálogo em meios digitais.
De acordo com o Ministério, esse projeto nas redes sociais teria como objetivo evitar promover a imagem de autores de ataques. Por fim, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania ainda prevê antecipar um relatório que trata especificamente da violência nas escolas.
Ataque nas escolas
Assim como publicou o Brasil123, na quarta-feira (05), um homem invadiu uma creche em Blumenau, Santa Catarina, e matou quatro crianças e ainda deixou cinco feridas – o crime aconteceu no início da manhã na creche Cantinho Bom Pastor, que fica na rua dos Caçadores, no bairro Velha, e é uma unidade de ensino particular.
Dentre os mortos, três são meninos e uma menina com idades de quatro a sete anos. As vítimas, de acordo com as informações, foram identificadas como:
- Bernardo Cunha Machado – 5 anos;
- Bernardo Pabst da Cunha – 4 anos;
- Larissa Maia Toldo – 7 anos;
- Enzo Marchesin Barbosa – 4 anos.
O acusado, que tem 25 anos, pulou o muro da creche e iniciou o ataque contra as crianças com uma machadinha. Depois do crime, ele se apresentou à polícia e foi preso. Esse ataque aconteceu pouco mais de uma semana depois de uma escola em São Paulo ser alvo de um aluno que matou a professora com golpes de faca e deixou outras três feridas, além de um estudante.
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