O Ministério do Turismo tem sido alvo de especulações sobre uma potencial alteração na liderança, que atualmente encontra-se sob o comando de Daniela Carneiro. É importante mencionar que a posição de Daniela no ministério foi questionada porque a União Brasil, da qual ela pediu para sair em abril, não acreditaram que ela estava honrando o governo nas votações na Câmara.
Além disso, Daniela Carneiro tenta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a desfiliação da legenda sem perder o mandato de deputada federal. Assim, atualmente o União Brasil ocupa três ministérios, mas segue votando contra o governo Lula no Congresso.
Prefeito de Belford Roxo em defesa de Daniela Carneiro
O prefeito de Belford Roxo, Waguinho (Republicanos) e esposo de Daniela, afirmou que eles pagaram “um preço muito caro” pelo apoio à campanha de Lula no estado do Rio de Janeiro. O prefeito também acusou o União Brasil de golpe por tentar tirar Daniela do ministério. “É uma retaliação ao governo Lula, [o União Brasil] quer impregnar o governo Lula de bolsonaristas. Na verdade, Bivar e Rueda não têm poder de entregar voto nenhum [a favor do governo], isso é uma grande mentira”, disse.
“Tirar uma mulher, a [deputada federal] mais votada do estado do Rio de Janeiro, evangélica, que consegue agregar muito, e colocar no lugar dela um homem bolsonarista é não valorizar o empoderamento das mulheres”, opinou Waguinho. Ele também avaliou que uma eventual saída de Daniela do Turismo “deixaria o Rio de Janeiro enfraquecido na questão política do governo federal”, complementou Waguinho.
Apesar disso, a troca no Ministério do Turismo é dada como certa, vista como uma chance de atrair a sigla para a base governista. O nome mais cotado para substituir Daniela é o do deputado Celso Sabino (União Brasil-PA).
Busca por votos na Câmara
A retirada de Daniela Carneiro do comando do Ministério do Turismo trata-se de uma decisão estratégica do governo Lula. O nome mais cotado, Celso Sabino, é próximo de Arthur Lira (Progressistas-AL), mencionado nas redes sociais como “amigo” e “irmão”:
Ao que tudo indica, um nome próximo ao presidente da Câmara tentará desfazer os laços entre os membros, que estiveram emaranhados até a semana passada, bem como acomodar os interesses de Lira na Esplanada dos Ministérios e garantir um apoio mais coeso do União Brasil às propostas governistas.
Assim, a meta primordial do governo Lula é ter 140 votos na Câmara, ou seja, 140 parlamentares que apoiam o governo, algo que ainda não se confirmou na prática. Para isso, deve-se considerar alguém importante para esse processo, a saber, o presidente da Câmara.
Sabino conta com a ajuda de Lira e das lideranças do Centrão para assumir o cargo. O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, defendeu recentemente a retirada da ministra para garantir apoio no Congresso. Em última análise, a liderança da legenda reconhece que Daniela Carneiro não tem interesse em defender a legenda na Esplanada, por isso, pedem a indicação de um nome que represente o partido.