O Ministério de Minas e Energia (MME) emitiu uma nota nesta sexta-feira (27) sobre o possível desabastecimento de diesel no país. A saber, a Petrobras enviou carta ao ministério revelando preocupações sobre a demanda interna no segundo semestre.
Em resumo, os baixos estoques dos Estados Unidos preocupam, pois o país é o principal exportador para o Brasil. Além disso, a Europa e Singapura estão com os níveis mais baixos dos últimos dez anos, agravando ainda mais a situação.
“Em outras palavras, se as importações desse combustível fossem cessadas hoje, os estoques, em conjunto com a produção nacional, seriam suficientes para suprir o país por 38 dias”, explicou o ministério, em nota.
“Além disso, desde o início da intensificação do monitoramento do abastecimento pelo Governo Federal, a autonomia de óleo diesel aumentou de 30 para 38 dias em termos de dias de importação”, acrescentou a pasta.
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Presidente da Petrobras envia carta ao ministério
Vale destacar que essa nota do MME acontece após a carta enviada pela Petrobras. De acordo com o presidente da estatal, José Mauro Coelho, o país está diante de diversos problemas. Aliás, a guerra na Ucrânia agrava ainda mais a situação. Ao mesmo tempo, paradas técnicas para manutenção, previstas para os próximos meses, reduzirão ainda mais a oferta interna de diesel.
“Diante do cenário de escassez global de diesel e do cronograma de paradas programadas das refinarias – apesar dos melhores esforços da companhia, a Petrobras entende que há elevado risco de desabastecimento de diesel no mercado brasileiro no segundo semestre de 2022“, diz a carta do presidente da Petrobras.
Segundo a nota emitida pelo ministério, a pasta criou em março deste ano um Comitê Setorial de Monitoramento do Suprimento Nacional de Combustíveis e Biocombustíveis. A saber, a criação ocorreu em conjunto com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Em suma, o comitê analisa a situação do suprimento do diesel.
“O Ministério de Minas e Energia segue atento aos movimentos do mercado doméstico e internacional, mantendo o monitoramento de forma intensa e constante para adotar medidas tempestivas em conjunto com os demais órgãos governamentais nas esferas das suas respectivas competências, conforme a evolução do cenário”, finalizou a nota.
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