O Ministério da Justiça e Segurança Pública revelou nesta sexta-feira (14) a decisão de prorrogar, por mais 30 dias, a presença da Força Nacional no Rio Grande do Norte. Em nota, a pasta relatou que a decisão foi ao encontro do que pediu o governo do estado em questão. Assim como publicou o Brasil123, agentes da Força Nacional foram encaminhados ao Rio Grande do Norte em 14 de março.
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O envio aconteceu porque, desde o começo de março, o estado do Rio Grande do Norte vem enfrentando uma onda de violência. De acordo com as informações, as ações criminosas estão sendo deflagradas por uma facção do estado que se diz descontente com as condições dos presídios do estado.
Por conta da prorrogação, agora, a expectativa é que a Força Nacional permaneça no estado até, pelo menos, o dia 13 de maio. Nesse sentido, os agentes continuarão trabalhando em ações de segurança para garantir a ordem pública. De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, essa prorrogação se entende, pelo mesmo período, para a força-tarefa de intervenção na Penitenciária do Estado do Rio Grande do Norte.
Ao todo, foram mais de 300 ataques criminosos foram registrados no estado, em março, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte – essas ações aconteceram em mais de 50 cidades, incluindo Natal. Esses ataques resultaram em mortes, incluindo a de um policial penal, e várias pessoas presas.
O governo federal enviou cerca de 700 policiais para o Rio Grande do Norte. Recentemente, Flávio Dino, ministro da Justiça, afirmou que mais agentes podem ser enviados ao estado caso haja necessidade para isso. “Se houver uma necessidade adicional, o que nós não acreditamos, esses 700 poderão virar 1.000, 1.200, 1.500, ou quanto o Rio Grande do Norte precisar. Nós não economizaremos no que é o principal, que é a paz social de um estado tão importante”, disse o chefe da pasta.
Na ocasião, ele afirmou que o governo já havia investido mais de R$ 5 milhões com a operação e que deve haver a promoção do aumento dos recursos disponíveis para auxiliar a reestabelecer a segurança pública do estado. “São recursos que não dependem da votação de leis ou de previsão orçamentária, mas que o Ministério da Justiça dispõe, tanto para a área de segurança pública quanto para a área penitenciária”, afirmou ele na oportunidade.
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