O programa Minha Casa, Minha Vida deve impactar a vida de 100 mil pessoas até o fim do ano. Isso quem diz é Jader Filho, ministro das Cidades, que informou nesta quinta-feira (13) que a pasta chefiada por ele chegou ao número depois de um cálculo feito tendo como base a somatória das unidades habitacionais que já foram entregues com as que tiveram suas obras retomadas.
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Durante entrevista coletiva em Brasília, o ministro defendeu a importância dos investimentos em moradia popular e afirmou que o governo não pode mais ter obras paralisadas no setor. “As pessoas que moram de aluguel, que estão em áreas de risco ou em situação de rua, essas pessoas têm pressa. A gente não pode ter obra paralisada”, declarou ele.
Ainda na ocasião, o ministro afirmou que a gestão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) deixou um legado de 186 mil unidades habitacionais não concluídas no programa, que tinha o nome de Casa Verde Amarela no governo passado – dessas, 83 mil estavam com as obras paralisadas.
“Nós já retomamos, só nesses primeiros 6 meses, mais de 17 mil unidades habitacionais e até o final do ano nós queremos chegar a mais de 25 mil. Temos feito discussões com a Caixa e com o Banco do Brasil para que o máximo de retomadas possam ser feitas”, afirmou Jader Filho.
Mudanças no Minha Casa, Minha Vida
Na entrevista, o ministro também apresentou algumas mudanças no Minha Casa, Minha Vida, que no próximo ano completará 15 anos. Segundo ele, com foco em reduzir os custos aos cofres públicos, o programa irá focar na construção de unidades próximas às áreas urbanas, evitando assim que o governo tenha que providenciar toda uma rede de infraestrutura para cada empreendimento.
“Agora, os terrenos têm critérios mínimos para serem escolhidos. Eles não podem ser longe das áreas urbanas, eles têm que estar próximos de escolas, de creches, do posto de saúde, do transporte público, do comércio. Em alguns Minha Casa, Minha Vida que ocorrem no passado, o setor público tinha que acompanhar o empreendimento”, explicou o ministro.
Uma outra novidade é que o Minha Casa, Minha Vida também abraçará o retrofit de edifícios abandonados nos grandes centros urbanos. Segundo o ministro, essa modalidade trará ao programa o benefício de áreas com infraestrutura e serviços públicos existentes. “Agente precisa trazer gente, trazer vida para esse centro. Com essa requalificação a gente pode trazer gente para morar ali. Lá já tem escola, já tem posto de saúde, transporte público, comércio. Toda a infraestrutura já está montada, não precisaria ser construída uma nova infraestrutura para isso”, disse Jader Filho.
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