O programa federal brasileiro Minha Casa, Minha Vida, criado em março de 2009 durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem como objetivo subsidiar a aquisição de moradias próprias para famílias com renda de até R$ 1,8 mil. Além de facilitar as condições para aquelas com renda de até R$ 9 mil.
Em 2018, a Caixa Econômica Federal informou que 14,7 milhões de pessoas haviam subsidiado suas casas por meio desse programa, equivalente a 7% da população brasileira. Em 2018, o programa foi recriado pelo presidente Lula para substituir o programa Casa Verde e Amarela, que havia sido instituído durante o governo de Jair Bolsonaro.
Novas regras para o programa Minha Casa, Minha Vida
Recentemente, o governo federal estabeleceu novas regras para o programa Minha Casa, Minha Vida, permitindo que diversos beneficiários de programas sociais sejam isentos do pagamento das parcelas dos imóveis adquiridos por meio do programa.
Essa isenção se aplica a contratos realizados nas modalidades subsidiadas com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) e do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).
Antes dessa mudança, a regra estabelecia que a faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida, destinada a famílias com renda mensal de até R$ 2.640, exigia que a família beneficiada pagasse uma porcentagem do valor do imóvel financiado.
Em alguns casos, o subsídio do governo chegava a 95%, o que significava que a família pagava apenas 5% do valor total. A Caixa Econômica Federal, responsável pelos contratos, tem um prazo de 30 dias para regulamentar as novas regras e aplicá-las. Após esse período, ajustaremos os contratos existentes às novas regras de isenção e suspenderemos as cobranças.
Vale destacar que o Ministério das Cidades já havia anunciado em fevereiro do mesmo ano que o governo planejava isentar totalmente a população que faz parte de programas de assistência social e transferência de renda. Como é o caso da Bolsa Família, com o objetivo de reduzir o déficit habitacional e melhorar as condições dos contratos.
Quais foram as mudanças no Minha Casa, Minha Vida?
A Folha de S. Paulo relatou que o governo anterior oficialmente retomou o programa em 2023 após um período de inatividade.
Uma das mudanças significativas é o aumento do limite máximo de renda familiar para participação no programa. Agora é de R$ 8 mil, com a possibilidade anunciada pelo ex-presidente Lula de elevar esse limite para até R$ 12 mil.
Se confirmarmos essa alteração, o valor máximo de um imóvel pelo Minha Casa, Minha Vida poderá chegar a R$ 500 mil. Cado que em contraste com o limite atual de R$ 350 mil na faixa anterior.
Essa expansão no acesso à habitação resultou em um aumento considerável no número de casas vendidas pelo programa. O fato facilitou o sonho da casa própria para mais famílias.
Além disso, o governo planeja a contratação de 188 mil unidades de linha subsidiada do Minha Casa, Minha Vida em setembro. A utilização de imóveis da União desocupados tem o foco em atender às famílias de baixa renda.
Para apoiar essas iniciativas, o Orçamento de 2024 reservou um total de R$ 13,7 bilhões para o programa. Isso representa um aumento de mais de 40% em relação a 2023.
Em resumo, aqueles que possuem uma renda de até R$ 8 mil atualmente têm a oportunidade de realizar o sonho da casa própria em breve. A perspectiva é de novas unidades habitacionais surgindo em diversas regiões do país.