O preço do minério de ferro continua despencando fortemente. Na sessão desta terça-feira (14), o minério com pureza de 62% de ferro caiu 5,2% no porto de Qingdao, na China, que é a referência internacional. Com isso, a tonelada da commodity encerrou o dia cotada a US$ 136,19.
Na véspera, o minério encerrou o pregão em forte queda de 7,3%, maior recuo diário em quatro meses. Com o acréscimo do resultado de hoje, o minério ainda eliminou os ganhos em março e reduziu sua valorização na parcial de 2022, de mais de 18% para 12,8%.
Da mesma forma, os contratos mais negociados do minério de ferro também caíram na Bolsa de Commodity de Dalian. Após tombarem 7% na véspera, a commodity fechou a sessão de hoje em queda de 4,6%, com a tonelada cotada a 756 yuan.
Piora da pandemia na China pressiona minério
Em resumo, o minério de ferro havia iniciado a semana com forte desvalorização devido aos novos lockdowns adotados pela China. Nesta terça, a situação ficou ainda mais séria, com o país renovando o recorde de casos de Covid-19 registrados.
Como a China vem adotando a política “zero covid” desde o início da crise sanitária, todos os surtos de casos vêm sendo combatidos com o confinamento da população. E o país elevou o número de pessoas em lockdown, de 17,5 milhões na véspera para 30 milhões nesta terça.
Estes confinamentos impactaram diretamente as operações de diversas empresas importantes para o setor siderúrgico. Por isso que os preços do minério tiveram mais um dia de queda firme. Aliás, a China é o maior consumidor mundial de minério de ferro, além de ser o maior produtor global de aço, cuja principal matéria-prima é o minério.
Por fim, vale destacar que os confinamentos para evitar a disseminação da Covid-19 pode impactar o nível de atividade econômica do país. Os investidores seguem de olho na China e atentos às novas notícias vinda de lá.
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