O minério de ferro iniciou a semana revertendo as quedas recentes e registrando um forte impulso. Nesta segunda-feira (29), o preço do minério com pureza de 62% de ferro avançou 6,8% e fez a cotação chegar a US$ 103,27 por tonelada no porto de Qingdao, na China, que é a referência internacional.
Com o acréscimo desse resultado, o minério reduziu as perdas em novembro para 3,7%. No entanto, a desvalorização em 2021 ainda alcança quase 36%. Aliás, a cotação da tonelada do minério com teor de 62% de ferro chegou a atingir US$ 230,56 no começo de maio, batendo um recorde histórico. Contudo, o preço da commodity despencou por meses e acumula perdas de 44,8% desde a sua máxima histórica.
Vale destacar que o minério apresentou um desempenho bastante consistente em outubro. A saber, a tonelada chegou a superar os US$ 135 no mês passado. Entretanto, a volatilidade em novembro foi muito alta e a cotação da tonelada da commodity chegou a acumular fortes quedas, mas agora a desvalorização está bem tímida.
Veja o que impulsionou o preço do minério nesta segunda
Em suma, o minério de ferro começou a sofrer fortes quedas em seu valor de mercado no final de junho. Diversos fatores contribuíram para essa situação, principalmente as restrições de produção de aço e ferro fundido na China para cumprir metas ambientais.
A propósito, a China é o maior produtor mundial de aço bruto, e o principal material do setor é o minério de ferro. Como o país asiático vem restrigindo a produção nacional de aço, a demanda por minério só faz cair.
No entanto, o banco central da China sinalizou que deve adotar medidas para estimular a retomada econômica do país. Com isso, os investidores se sentiram mais otimistas e o minério de ferro avançou fortemente hoje.
O preço da commodity também subiu na Bolsa de Commodity de Dalian. Em síntese, os contratos mais negociados na Bolsa com vencimento para janeiro tiveram ganhos de 4,8% na sessão, para 615 yuans por tonelada.
Vale destacar que todo esse otimismo superou as preocupações com a nova variante da Covid-19, a Ômicron. Aliás, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta nesta segunda sobre a cepa recém-descoberta, afirmando que a variante representa um “risco global muito alto”.
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