O minério de ferro voltou a registrar forte avanço nesta terça-feira (7). A saber, o preço do minério com pureza de 62% de ferro disparou 8,3% no dia e fez a cotação chegar a US$ 111,34 por tonelada no porto de Qingdao, na China, que é a referência internacional. Esse é o maior patamar para a commodity em mais de cinco semanas.
Com o acréscimo desse resultado, o minério reduziu as perdas no ano para 30,6%. Aliás, a cotação da tonelada do minério com teor de 62% de ferro chegou a atingir US$ 230,56 no começo de maio, batendo um recorde histórico. Contudo, o preço da commodity despencou por meses e acumula fortes perdas em 2021.
Nos últimos tempos, o que mais limitou os ganhos do minério foram as restrições impostas pelo governo chinês. Em resumo, o país asiático vem restrigindo a produção nacional de aço nos últimos meses para cumprir metas ambientais. E como o minério é a principal matéria-prima do aço, a demanda pela commodity só fez cair nos últimos tempos.
Expectativa de aumento de demanda na China anima
Como a China é o maior produtor mundial de aço bruto, a queda na demanda derrubou sem precedentes o preço do minério. No entanto, o banco central da China sinalizou há algum tempo que deve adotar medidas para estimular a retomada econômica do país. Com isso, os investidores se sentiram mais otimistas nesta terça e o minério de ferro disparou.
O preço da commodity também subiu na Bolsa de Commodity de Dalian. Em síntese, os contratos mais negociados na Bolsa com vencimento para janeiro tiveram ganhos de 4,8% na sessão, para 720 yuan por tonelada.
Vale destacar que todo esse otimismo superou as preocupações com a nova variante da Covid-19, a ômicron. Na verdade, apesar de ser mais transmissível, a ômicron não parece tão letal como outras cepas. Dados iniciais sobre pessoas infectadas com a variante sugerem que a cepa escapa das vacinas, mas não provoca casos grave. E isso é suficiente para fazer os investidores irem às compras.
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