A semana não estava muito fácil para o minério de ferro, que acumulou perdas de 12,5% nos dois últimos pregões. Contudo, a sessão desta quarta-feira (16) chegou ao fim com um resultado bem diferente dos últimos dias.
Em resumo, o minério de ferro com pureza de 62% de ferro disparou 6,7% % no porto de Qingdao, na China, que é a referência internacional. Com isso, a commodity encerrou o dia cotada a US$ 145,24 por tonelada.
O forte avanço registrado hoje reverteu a desvalorização acumulada em março para ganhos de 5,2% no mês. Já na parcial de 2022, o minério de ferro tem uma valorização bem mais expressiva, de 20,3%.
O avanço da commodity não se limitou ao porto de Qingdao. Da mesma forma, os contratos mais negociados do minério de ferro também fecharam o pregão em alta na Bolsa de Commodity de Dalian. Após tombar 11,6% no acumulado das duas últimas sessões, a commodity fechou o dia em alta de 5,2%, com a tonelada cotada a 804 yuan.
Pandemia na China preocupa, mas otimismo impulsiona minério
Em suma, o minério de ferro despencou nos últimos pregões devido aos novos lockdowns adotados pela China. Na véspera, a situação ficou ainda mais séria, com o país renovando o recorde de casos de Covid-19 registrados.
Como a China vem adotando a política “zero covid” desde o início da crise sanitária, todos os surtos de casos vêm sendo combatidos com o confinamento da população. E o país elevou o número de pessoas em lockdown, de 17,5 milhões para 30 milhões na terça (15).
Embora o país siga com os lockdowns em vigor, e possivelmente promova novas restrições no curto prazo, o otimismo pesou falou mais alto na sessão de hoje. Isso aconteceu, porque o governo chinês afirmou que fará de tudo para que o país continue crescendo em 2022.
A propósito, o maior temor global era de uma desaceleração da segunda maior economia mundial, mas o governo chinês garantiu que isso não acontecerá.
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