O minério de ferro voltou a apresentar um desempenho que não era visto há meses. Nesta segunda-feira (14), o preço do minério com pureza de 62% de ferro despencou 7,3%, para US$ 143,70 por tonelada no porto de Qingdao, na China, que é a referência internacional. A saber, esta é a maior queda diária dos últimos quatro meses.
Embora o valor tenha tombado no dia, o minério ainda acumula ganhos de 4% em março. Já na parcial de 2022, a valorização é ainda mais expressiva, de 19%.
Além disso, os contratos mais negociados do minério de ferro na Bolsa de Commodity de Dalian tombaram 7% na sessão. Com isso, a commodity fechou o dia a 759,50 yuan por tonelada. Aliás, o dia ficou marcado pelo fraco desempenho dos produtos siderúrgicos.
Surto de Covid-19 faz China confinar 17,5 milhões em quarentena
Em resumo, estes tombos ocorreram devido aos novos lockdowns adotados pela China. No domingo (13), o país asiático registrou 3.939 casos de coronavírus, maior número diário em dois anos. Por isso, o país confinou 17,5 milhões de pessoas em Shenzhen. Na verdade, a China vem adotando a política “zero covid” desde o início da crise sanitária.
Esta decisão acabou interrompeu as operações de diversas empresas nas regiões, como a Foxconn, que é uma das principais fornecedoras da Apple. Além disso, várias fábricas em Shenzhen também ficaram fechadas, reduzindo a demanda tanto por minério de ferro quanto por petróleo.
Vale destacar que a China também anunciou no fim de semana um pacote de restrições. Em síntese, estas medidas se referem a áreas de Xangai e Shenzhen, que são importantes polos financeiros e tecnológicos do país.
Por fim, a volta dos lockdowns na China ligou novamente o alerta para o mundo em relação à Covid-19. Nos últimos dias, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia repercutiu mais nos noticiários. Contudo, os isolamentos para conter a disseminação do vírus podem prejudicar ainda mais a cadeia global de suprimentos, gerando uma consequente redução no crescimento econômico dos países.
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