O minério de ferro voltou a alcançar uma marca que não era vista há meses. Nesta quinta-feira (3), o preço do minério com pureza de 62% de ferro voltou a superar os US$ 150 por tonelada no porto de Qingdao, na China, que é a referência internacional. Isso não acontecia desde o ano passado.
Em suma, o minério foi negociado a US$ 153,33 na sessão de hoje. Isso representa um salto de 5,8% na comparação com o pregão da véspera. A saber, este é o maior patamar desde 31 de agosto, ou seja, há mais de seis meses.
Com o acréscimo deste resultado, o minério passa a acumular uma forte valorização de 11% apenas em março. Já na parcial de 2022, os ganhos chegam a quase 27%. Em partes, isso acontece devido aos dados mais fracos registrados no segundo semestre de 2021, que fez a commodity fechar o ano no vermelho.
No entanto, vem acontecendo exatamente o contrário em 2022. Em resumo, o minério já vinha acumulando fortes ganhos no ano, mas acabou afundando em meados de fevereiro devido a uma forte atuação da China. Isso porque o governo chinês passou a investigar os estoques em seus portos por causa de suposta prática de preços muito altos devido à mera especulação.
Guerra entre Rússia e Ucrânia impulsiona minério
Apesar das dificuldades enfrentadas em fevereiro, o minério conseguiu se recuperar fortemente nos últimos dias. O principal motivo para a valorização expressiva da commodity é a guerra entre Rússia e Ucrânia, que continua preocupando os investidores.
Em síntese, o mercado teme a redução da oferta de global de pelotas e de aço com o prolongamento dos confrontos entre os países. Aliás, desde o início da invasão russa, o minério já acumula alta de quase US$ 20 por tonelada.
Além disso, as perspectivas para a produção de aço na China estão mais otimistas. A saber, o governo chinês atuou fortemente no ano passado para controlar a produção de aço com o objetivo de cumprir metas ambientais. Por isso, a commodity chegou a cair para US$ 92,1 por tonelada no início de novembro.
Por fim, os preços do minério podem continuar subindo enquanto a guerra continuar, e não há expectativas para o fim dos confrontos.
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