O minério de ferro caiu no pregão desta terça-feira (28). A saber, o preço do minério com pureza de 62% de ferro encerrou a sessão em queda de 3%. Com isso, a cotação da commodity chegou a US$ 119,44 por tonelada no porto de Qingdao, na China, que é a referência internacional.
Embora o preço tenha caído nesta terça, o minério segue acumulando ganhos expressivos em dezembro, agora de 16,65%. No entanto, esse resultado não modifica a forte desvalorização da commodity em 2021, que está em 25,57%. E o principal fator que fez o minério despencar no ano foram as decisões da China em reduzir sua produção de aço.
Vale lembrar que a cotação da tonelada do minério com o teor de 62% de ferro chegou a atingir US$ 230,56 no começo de maio, batendo um recorde histórico. Contudo, o preço da commodity despencou por meses devido à decisão do país asiático em cumprir metas ambientais.
Redução da produção de aço na China enfraquece minério
Em resumo, a China impôs diversas restrições à produção nacional de aço nos últimos meses. Como o minério é a principal matéria-prima do aço, a demanda pela commodity só fez cair, principalmente entre maio e outubro. Contudo, o governo chinês está se mostrando disposto a adotar medidas para estimular a retomada econômica do país, e isso impulsionou os preço do minério nas últimas semanas.
A saber, a China é o maior produtor mundial de aço bruto. Apesar de o banco central chinês sinalizar que a produção de aço pode crescer em 2022, os dados desta terça não animaram os investidores. Em suma, a produção de aço bruto caiu 2,3% em meados de dezembro na comparação com os dez primeiros dias do mês. E essa queda indica que ainda há desafios no futuro.
Aliás, a queda no otimismo também alcançou a Bolsa de Commodity de Dalian. Lá, os contratos mais negociados do minério de ferro na Bolsa com vencimento para fevereiro caíram 1,1% na sessão. Já em Singapura, os contratos futuros afundavam 3% às 15h23 no horário local.
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