Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra Mário Gazin, empresário fundador de uma rede de lojas de varejo oferecendo ajudar financeiramente pessoas que aceitem protestar a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no próximo feriado de 07 de setembro.
A manifestação, marcada para acontecer em Brasília, terá em pauta assuntos considerados antidemocráticos como pedir a destituição de membros dos poderes Judiciário e Legislativo.
No vídeo, que já virou sensação dos grupos de WhatsApp, o empresário afirma que pagará o ônibus de quem estiver disposto a viajar de Douradina, no Paraná, onde a sede da empresa está localizada, até à capital federal.
Um outro vídeo mostra Gazin ao lado de outro empresário, Valdemir Zago, da Zaeli alimentos, e de outros executivos da região do Paraná, onde vivem. Nas imagens, eles convocam os manifestantes para os atos que ocorreram em setembro.
“Todos precisam se empenhar, porque se não fizermos agora, vamos sofrer depois”, disse o empresário da Gazin, defensor assumido de Jair Bolsonaro. O executivo já apareceu ao lado de outros apoiadores importantes do presidente, como o dono das lojas Havan, Luciano Hang.
Hoje, Hang é um dos investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é suspeito de ter financiado atos antidemocráticos, como o que Gazin pretende levar os apoiadores do presidente no feriado da independência do país.
Atos antidemocráticos em pauta
Nos últimos dias, as notícias sobre os planos para os atos considerados antidemocráticos vindos de apoiadores do presidente cresceram. Isso porque o movimento passou a ter apoio de policiais militares, como o que foi afastado em São Paulo, e de outros empresários.
O foco dessas manifestações é o ataque contra órgãos federais de cúpula dos poderes Legislativo e Judiciário. Nesse sentido, entre os temas propostos por esses manifestantes, estaria a destituição de ministros do STF e também a invasão do Congresso Nacional.
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