Nesta semana, surgiram algumas especulações relacionadas a uma possível candidatura da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, às eleições em 2026. Contudo, neste domingo (05), a assessoria de Jair Bolsonaro (PL), também responsável pela assessoria de Michelle, afirmou que não há “interesse” por parte dela em concorrer a cargos eletivos nas eleições de 2026.
Nesse sentido, de acordo com a assessoria, a prioridade de Michelle, atualmente, é o PL Mulher Nacional, ao qual se tornou presidente após o ex-presidente ter sido derrotado nas eleições de 2022. A ex-primeira-dama teve papel fundamento na campanha que buscava reeleger Jair Bolsonaro, embora os esforços não tenham retornado o resultado esperado.
Segundo informações, o PL tinha como objetivo envolver Michelle na corrida pelo Senado por São Paulo ou pelo Rio de Janeiro. Também existia a possibilidade de Michelle se candidatar ao governo do Distrito Federal. Ela tem sido bastante ativa pela sigla e, inclusive, circulou pelo Congresso Nacional na última semana buscando reunir votos para eleger Rogério Marinho (PL-RN) como presidente do Senado.
Além da resistência da própria Michelle em entrar de fato na política, um outro fato que atrapalha os planos do PL é a “birra” de Carlos Bolsonaro. Ainda que Carlos não tenha influência sobre o partido, ele pode convencer o ex-presidente em excluir Michelle dos planos do PL. Não é novidade que Michelle e Carlos não possuem uma boa relação, chegando ao ponto de Michelle barrar a entrada do vereador no Palácio da Alvorada.
Embora já esteja atuando, Michelle não possui previsão de receber salário do PL
Nesta última semana, a cúpula do PL pediu ao departamento financeiro que comunicasse a Michelle que ela e seus assessores só receberão o salário da sigla quando as contas forem desbloqueadas. O atual acordo é que a ex-primeira-dama receba um salário de R$39 mil mensais para comandar o PL Mulher.
As contas do PL estão bloqueadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido ao fato de ter questionado, sem provas, a segurança de uma parte das urnas utilizada no segundo turno das eleições de 2022. Uma questão a ser observada é que o próprio PL não possui expectativa que as contas sejam desbloqueadas tão cedo.
Ex-primeira-dama é alvo de ação por “rachadinhas”
O senador Humberto Costa (PT), comunicou, utilizando suas redes sociais, que irá mover uma ação contra Michelle Bolsonaro por um suposto envolvimento em um esquema de corrupção e prática de assédio moral, bem como apropriação indébita. Entre as denúncias, é citado o esquema de rachadinha e casos de assédio contra servidores do Palácio do Planalto.
“Após as graves denúncias apresentadas pelo Metrópoles – que ligam Michelle Bolsonaro a série de crimes como prática de ‘rachadinha’, assédio moral e corrupção – decidi entrar com uma série de representações nos órgãos competentes para a apuração dos fatos. Vou solicitar ao Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) que apurem os possíveis crimes de apropriação indébita, corrupção e atos de improbidade administrativa cometidos pela ex-primeira-dama”, disse Humberto Costa, acusando Michelle Bolsonaro.