O Metrô de São Paulo pode entrar em greve na próxima quarta-feira (12). Isso porque o Sindicato dos Metroviários da cidade propôs o movimento à categoria a fim de reivindicar um reajuste salarial e a manutenção de direitos obtidos através de acordos coletivos.
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A paralisação ainda será discutida em audiência virtual do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) na tarde desta terça-feira (11). Depois disso, informou o sindicato, o resultado da negociação será colocado em consulta pela internet para votação dos trabalhadores, também nesta terça, entre 19h e 21h.
O que pedem os profissionais do Metrô
De acordo com o sindicato, entre as principais reivindicações estão o reajuste salarial de aproximadamente 10%, valor referente à inflação acumulada dos últimos dois anos.
Além disso, os profissionais da categoria querem a manutenção de direitos como os adicionais noturnos de 50% e de férias de 70% sobre o salário.
Conforme explica o coordenador do sindicato, Wagner Fajardo, o Metrô interrompeu as negociações e não quer dar nada de reajuste.
“Então, até o momento, não há indício de negociação e a nossa posição é por uma greve por tempo indeterminado”, afirma o sindicalista.
Locais afetados
Caso seja confirmada, a paralisação afetará quatro linhas do Metrô:
- 1-Azul;
- 2-Verde;
- 3-Vermelha;
- E 15-Prata (monotrilho).
Juntas, informou o sindicato, essas linhas somam cerca de 7.200 metroviários. O sindicato propõe a paralisação de 100% dos funcionários dessas linhas.
Ainda segundo a entidade, as linhas 4-Amarela e 5-Lilás não estão incluídas na mobilização porque têm data-base em março, quando negociaram um reajuste cujo índice ficou em torno de 4%.
Outra ameaça de greve
Importante destacar que essa não é a primeira ameaça dos metroviários de São Paulo neste ano. No início de abril a categoria se mobilizou para ser incluída no grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19, o que aconteceu.
O outro lado
Em nota, a Companhia do Metrô de São Paulo afirma que “manteve e mantém os salários pagos rigorosamente em dia e todos os seus benefícios aos funcionários, mesmo com a perda de 50% de sua receita –algo nunca antes vivido na história da Companhia”.
“Enquanto milhares de trabalhadores perderam seus empregos ou tiveram seus salários reduzidos no período da pandemia, o Metrô de São Paulo manteve todos os serviços e seus empregados, apesar do prejuízo de R$ 1,7 bilhão no último ano e de mais de R$ 300 milhões no primeiro trimestre de 2021”, disse a empresa.
De acordo com as informações da companhia, Metrô ainda afirmou que ofereceu a manutenção de diversos benefícios, além dos exigidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) como:
- O pagamento de vales refeição e alimentação;
- Previdência suplementar
- Plano de saúde sem mensalidade;
- Hora extra de 100%;
- Adicional noturno de 30%,
- Adicional de férias em 40%;
- E complementação salarial para afastados.
“É inadmissível que o sindicato queira prejudicar cidadãos que precisam do transporte em um momento tão difícil como o que vivemos, inclusive depois de terem sido incluídos no calendário prioritário de vacinação”, concluiu o Metrô.
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