A Meta, dona do Facebook e do Instagram, perdeu aproximadamente US$ 225 bilhões em valor de mercado no pregão desta quinta-feira (3). A saber, as ações da companhia despencaram 26,39% na sessão, para US$ 237,76. Esse é o menor patamar de fechamento desde julho de 2020, ou seja, em 19 meses.
Em suma, o resultado reflete a insatisfação do mercado com os resultados da Meta no quarto trimestre de 2021. Aliás, a companhia fechou o período com um lucro 8% menor que o registrado no mesmo trimestre de 2020. Esse resultado veio abaixo das projeções do mercado.
Além disso, o crescimento do TikTok, concorrente da Meta, ajudou a derrubar as receitas da companhia entre outubro e dezembro do ano passado. Aliás, a queda no lucro assustou os investidores, que preferiram retirar seus recursos da empresa de Mark Zuckerberg.
De acordo com a Dow Jones Market Data, essa foi a maior desvalorização em uma única sessão na história. A propósito, as ações da Meta estão listadas na Nasdaq, na Bolsa de Nova York.
Vale destacar que, ao converter o valor para reais, a desvalorização foi de R$ 1,19 trilhão. Esse montante supera o valor de mercado somado da Petrobras, da Vale e do Itaú Unibanco, maiores empresas brasileiras.
Empresas de tecnologia sofre com expectativa de alta dos juros
O fraco desempenho da Meta nos últimos meses do ano passado contribuiu para a expressiva perda de valor de mercado. No entanto, esse não foi o único motivo para os investidores abandonarem a companhia.
Em resumo, as empresas de tecnologia vêm sofrendo duramente nos últimos tempos. Isso ocorre porque o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, sinalizou que aumentará os juros no país em março. Inclusive, o mês também marcará o encerramento dos estímulos na economia americana, realizados desde o início da pandemia da Covid-19.
A saber, boa parte da chuva de dólares seguiu para estas empresas de tecnologia. Contudo, os juros começam a subir para tentar conter a disparada da inflação americana. E uma das principais consequências para a alta dos juros é a redução no ritmo de crescimento econômico.
Nesse cenário, os negócios ficarão menos lucrativos, visto que os custos tendem a crescer. Por isso, toda a chuva de dólares que escorreu para estas empresas começam a voltar para os seus investidores.
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