Atualmente, os grupos familiares mudaram bastante. Nesse sentido, a maioria dos lares brasileiros são chefiados por mulheres. Além disso, em sua maioria, são mulheres negras e com baixa escolaridade. Dessa forma, estas mães, são um grupo prioritário no Bolsa Família.
Certamente, as mulheres são as responsáveis familiares em cerca de 81% das concessões do Bolsa Família. Isso quer dizer que elas recebem e administram o benefício.
Nesse sentido, os dados apontam que a maternidade no Brasil é um fator de desigualdade, impedindo assim, a autonomia econômica, além de frear o desenvolvimento profissional, educacional, bem como social das mulheres.
Conforme uma pesquisa do Datafolha realizada neste ano, 7 em cada 10 mulheres brasileiras são mães. Do mesmo modo, 55% delas está solteira, divorciada ou viúva. Dessa forma, entre as mães solo, 18% estão desempregadas e 44% sobrevivem com até R$ 1.212 por mês, o antigo salário mínimo.
Por esse motivo, o Governo Federal desenvolveu e também tomou ações visando garantir que o Bolsa Família alcance, em especial, as mulheres que criam seus filhos sozinhas.
Entenda por que mães solo tem preferência no Bolsa Família
Antes de mais nada, existem diversas razões pelas quais as mulheres enfrentam desafios ao criar filhos sozinhas. Então, confira aqui alguns fatores:
Desigualdade de gênero no trabalho:
Apesar de muitos avanços, em muitos lugares, ainda existe desigualdade de gênero no local de trabalho. Com isso, as mulheres tendem a receber valores inferiores aos homens, ainda que façam o mesmo trabalho. Sem dúvidas, isso pode dificultar o sustento de uma família liderada somente pela mãe.
Falta de apoio social às mães solo:
Além disso, diversas mães solo não têm uma rede de apoio. Sendo assim, a criação dos filhos torna-se mais difícil, principalmente, quando a mãe precisa trabalhar ou cuidar de outras responsabilidades.
Carga dupla de trabalho:
Acima de tudo, mães que criam os filhos sozinhas geralmente enfrentam a “carga dupla” de trabalho. Isso significa que elas precisam lidar tanto com as responsabilidades de trabalho, quanto com as responsabilidades domésticas e de cuidados com os filhos.
Enfrentam discriminação e estigma social:
Também é importante destacar que as mães solo acabam enfrentando discriminação e estigma social. O que, de fato, pode levar ao isolamento social e dificuldades adicionais.
Acesso a recursos limitados:
Outro detalhe crucial é que as mães chefes de família podem ter acesso limitado a recursos, como por exemplo, creches acessíveis, oportunidades de educação, além de treinamento e serviços de saúde e bem-estar mental.
Assim, esses fatores podem tornar a maternidade solo particularmente desafiadora para as mulheres. Por esse motivo, o governo vem estudando maneiras de dividir as responsabilidades do trabalho de cuidados para que as mães tenham mais tempo e também energia para seu desenvolvimento pessoal e social.
Sobretudo, o Bolsa Família tem o objetivo de alcançar, especialmente, as mães. Afinal, a metade dos lares brasileiros estão sob a liderança de mulheres.
ÓTIMA NOTÍCIA para mulheres que criam os filhos sozinhas
O Programa Bolsa Família está sendo implementado gradualmente. Em março, os adicionais que compõem o beneficio começaram a serem pagos. Então, atualmente, o benefício é composto de:
- Benefício de Primeira Infância, equivalente a R$ 150,00 por cada criança de 0 a 6 anos de idade;
- Benefício de Renda de Cidadania: disponível para os integrantes da família, no valor de R$ 142 por pessoa;
- Benefício Complementar: voltado para as famílias beneficiárias do Bolsa Família, mas se o Benefício de Renda de Cidadania não for o suficiente para alcançar o valor mínimo de R$ 600 por família. Dessa forma, o complemento é calculado para garantir que nenhuma família receba menos que R$ 600;
- Benefício Variável Familiar: destinado às famílias que possuem em sua composição gestantes e/ou crianças, com idade entre sete e 12 anos incompletos e/ou adolescentes entre 12 e 18 anos de idade incompletos. O valor é referente a R$ 50 por pessoa que atenda estes critérios;
- Benefício Extraordinário de Transição: em situações excepcionais, se o valor dos novos benefícios somados for menor ao que ela recebia no Programa Auxílio Brasil, automaticamente, essa família começará a receber o Benefício Extraordinário de Transição.
Dessa forma, as mães que criam seus filhos sozinhas podem contar com os adicionais para complementar sua renda. Lembrando, porém, que o Benefício Variável Familiar e o Benefício Extraordinário de Transição serão pagos neste mês de junho, concluindo assim, a implementação do programa.
Confira o calendário Bolsa Família de junho de 2023
Quem desejar saber o dia em que o benefício ficará disponível para saque ou crédito na conta bancária, precisa observar o último dígito do Número de Identificação Social (NIS), que está impresso no cartão de cada titular.
A saber, cada dígito final do NIS há uma data mensal correspondente. Sendo assim, os pagamentos são disponibilizados na sequência de um (1) a zero (0) e ocorrem durante os últimos dez dias úteis de cada mês.
Assim, as parcelas mensais ficam disponíveis para saque por 120 dias depois da data indicada no calendário. Resumindo, os beneficiários podem conferir o extrato de pagamento na “Mensagem do Bolsa Família”, com o valor do benefício.
Veja as datas oficiais dos pagamentos do Bolsa Família 2023, que seguirão as datas previstas para o mês de junho:
- Final do NIS número 1 – recebe no dia 19/06/2023
- Final do NIS número 2 – recebe no dia 20/06/2023
- Final do NIS número 3 – recebe no dia 21/06/2023
- Final do NIS número 4 – recebe no dia 22/06/2023
- Final do NIS número 5 – recebe no dia 23/06/2023
- Final do NIS número 6 – recebe no dia 26/06/2023
- Final do NIS número 7 – recebe no dia 27/06/2023
- Final do NIS número 8 – recebe no dia 28/06/2023
- Final do NIS número 9 – recebe no dia 29/06/2023
- Final do NIS número 0 – recebe no dia 30/06/2023
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