A Fundação Getulio Vargas (FGV) realizou um estudo sobre o mercado irregular de combustíveis no Brasil. De acordo com os dados obtidos, as perdas operacionais e tributárias do mercado somam impressionantes R$ 26 bilhões ao ano.
De acordo com o levantamento, R$ 15,6 bilhões são provenientes de perdas operacionais e crimes, como roubo de cargas, bombas fraudadas, adulteração de combustível e postos piratas. Já outros R$ 14 bilhões correspondem a sonegações de impostos e inadimplências, ou seja, esse montante deixa de seguir para o recolhimento da União e dos governos estaduais.
Para evitar dupla contagem, a FGV deduziu R$ 3,7 bilhões do total, resultando num prejuízo anual de R$ 26 bilhões para o mercado de combustíveis. A saber, o estudo foi encomendado pelas associadas do Instituto Combustível Legal (ICL) BR Distribuidora, Ipiranga e Raízen. Estas são as principais distribuidoras de combustíveis do país atualmente.
No entanto, o diretor-geral do ICL, Carlo Faccio, afirmou que o estudo também tem o objetivo de ajudar o setor a encontrar uma solução para esse problema. Na verdade, a intenção é promover uma discussão com a sociedade para combater o comércio irregular de combustíveis.
Veja quais iniciativas o setor pretende tomar
Em resumo, o estudo objetiva sensibilizar a sociedade em geral, incluindo parlamentares. Assim, pretende-se que estes atores tomem alguma decisão para reduzir os prejuízos causados com o mercado irregular. E principalmente em relação às pessoas que sonegam impostos ao encontrar brechas da Justiça para realizarem suas vendas com preços muito baixos.
Por fim, Faccio afirmou que a pandemia da Covid-19 impulsionou as irregularidades no comércio de combustíveis. Em suma, a limitação de recursos para a fiscalização resultou em mais prejuízo para o mercado. “Diante da situação pandêmica… a gente teve a tempestade perfeita para oportunistas de plantão”, disse.