O mercado financeiro elevou pela 14ª semana seguida a projeção para a inflação do Brasil em 2021. Com uma leve alta de 0,04 ponto percentual (p.p), a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 6,11% e continua acima dos 6% para este ano.
A saber, a meta da inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2021, o órgão definiu a taxa em 3,75%. No entanto, os analistas do mercado financeiro acreditam que a inflação ultrapassará em muito esta meta definida.
As informações estão presentes no relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (12). A propósito, a taxa para 2022 caiu levemente, de 3,77% para 3,75%. Já para 2023, permaneceu em 3,25%, enquanto teve uma queda mais acentuada para 2024, de 3,25% para 3,16%.
Inflação se afasta cada vez mais do limite definido
Em síntese, o CMN define a meta para a inflação de três anos seguidos, alterando os valores caso haja necessidade. A partir disso, o BC deve adotar medidas para alcançar a meta, pois uma inflação estável permite maior crescimento econômico, visto que há redução nas incertezas do país.
Nesse sentido, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem papel muito importante. Em suma, o IPCA, calculado pelo instituto, funciona como previsão oficial da inflação. Além disso, o CMN tem definido um intervalo de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.
Por isso, a meta para a inflação de 2021 é de 3,75% e o intervalo varia de 2,25% a 5,25%. Isso quer dizer que a inflação pode chegar até 5,25% que ela não extrapolará a meta, teoricamente, Contudo, a projeção do mercado para 6,11% supera em quase 1,00% o limite superior definido.
Estimativa para o PIB sobe novamente
O relatório Focus também reportou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 5,26% em 2021. Na comparação com a última previsão do mercado, houve alta de 0,08 p.p. Aliás, esta é a 12ª semana consecutiva com estimativas mais animadoras.
Por outro lado, houve uma tímida retração na projeção para 2022 (-0,01 p.p.), que passou de 2,10% para 2,09%. Já para os anos de 2023 e 2024, as estimativas continuaram as mesmas: o PIB deve crescer 2,50% em cada ano.
Por fim, o dólar deve encerrar cotado a R$ 5,05, patamar levemente superior ao da última estimativa (R$ 5,05). Da mesma forma, as projeções para a taxa básica de juros, a Selic, também subiram um pouco, de 6,50% para 6,63%.
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