A parcela do mercado financeiro que acredita na correta direção da política econômica do país deu um salto considerável de 10% em maio para 47% em junho. Isso, segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira, 12.
Além disso, ao mesmo tempo, aqueles que acreditam que a política econômica está na direção errada reduziram de 90% para 53% no mesmo intervalo. Com a reforma tributária e a queda dos juros, espera-se que determinados setores ganhem impulso na Bolsa.
Dessa forma, essa alteração reflete a aprovação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados na sexta-feira anterior. Que ocorreu no dia 7, visto que as entrevistas para a pesquisa foram realizadas no período de 6 a 10 de julho.
Mercado financeiro reduz a desconfiança com política econômica do governo
O mercado financeiro tem mostrado crescente confiança na habilidade do governo em aprovar sua agenda no Congresso. Assim, com a parcela acreditando nessa capacidade aumentando de 10% para 27%. Entretanto, este número ainda fica abaixo do registrado na primeira pesquisa do ano, realizada em março, onde atingiu 33%.
Com isso, no período entre maio e julho, a proporção daqueles que veem o governo com pouca habilidade de aprovar sua agenda diminuiu de 39% para 24%, enquanto a parcela que acredita em uma capacidade regular variou de 51% para 49%.
No que se refere aos desafios para a melhoria da economia, 45% do mercado acredita que a ausência de uma política fiscal eficaz é o principal obstáculo. A baixa escolaridade e produtividade da população foi citada como o principal fator por 21% dos entrevistados. Outros obstáculos apontados incluem “interesses eleitorais” (19%), alta taxa de juros (11%), medo da inflação (1%) e elevado desemprego (1%).
Segundo o mercado financeiro, imagem do Brasil melhorou no exterior
Mais da metade dos entrevistados, 51%, acredita que a imagem do Brasil no exterior melhorou desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, 29% consideram que a imagem permaneceu a mesma, enquanto 20% afirmam que se deteriorou. A expectativa de um aumento dos investimentos estrangeiros no país teve um salto notável, indo de 26% em maio para 54% em julho.
Contudo, houve uma queda na proporção dos que esperam estabilidade nesses investimentos, de 51% para 39%, e também na parcela dos que preveem uma diminuição, de 23% para 7%.
A pesquisa foi realizada através de 94 entrevistas com fundos de investimento baseados nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Os entrevistados representam diversos papéis dentro dessas organizações, com 47% sendo gestores, 31% economistas, 14% traders, 5% analistas e 3% ocupando outros cargos.
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Percepção negativa está mais voltada a política de preços da Petrobras
Esta ampla gama de perspectivas fornece um retrato diversificado das opiniões do mercado financeiro sobre a direção atual e futura da economia brasileira e a capacidade do governo de implementar sua agenda política.
A pesquisa apontou algumas percepções negativas dentro do mercado financeiro a respeito do governo atual, com destaque para a nova política de preços da Petrobras. A mudança foi vista de forma negativa por 63% dos entrevistados, enquanto 31% expressaram uma visão regular sobre o assunto, e somente 6% apresentaram uma avaliação positiva.
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