Os analistas do mercado financeiro elevaram pela décima semana consecutiva as suas projeções para a inflação do Brasil em 2022. De acordo com o relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (21) pelo Banco Central (BC), as estimativas avançaram de 6,45% para 6,59%.
A saber, a publicação ocorre de maneira semanal e traz projeções de mais de cem instituições do mercado financeiro sobre indicadores econômicos do Brasil. Aliás, os reajustes no diesel e na gasolina, promovidos pela Petrobras no último dia 11, continuam impactando as novas estimativas dos analistas.
Vale destacar que os combustíveis foram os “vilões da inflação” em 2021, acumulando alta de 49,02%. Este avanço ficou quase cinco vezes superior à taxa inflacionária do país (10,06%). Inclusive, a inflação do país também alcançou um nível bastante elevado devido ao impacto exercido pelos combustíveis.
Tudo isso explica a nova elevação das projeções do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país. A propósito, a taxa subiu de 3,70% para 3,75% para 2023, enquanto se manteve estável em 3,15% para 2024 e em 3,00% para 2025.
Analistas também elevam projeções para o PIB e os juros em 2022
A publicação também trouxe as novas projeções dos analistas sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em suma, o mercado financeiro elevou pela terceira semana consecutiva as projeções para o PIB neste ano, de 0,49% para 0,50%. Por outro lado, a estimativa para 2023 caiu de 1,43% para 1,30%, enquanto se manteve estável para 2024 (2,00%) e 2025 (2,00%).
O mercado financeiro manteve estável a sua projeção para o dólar em R$ 5,30. Já para 2023, os analistas elevaram as estimativas de R$ 5,21 para R$ 5,22, enquanto não alteraram as projeções para 2024 (R$ 5,20) e 2025 (R$ 5,20).
Por fim, os analistas elevaram pela segunda semana consecutiva as suas projeções para a taxa básica de juros do país, a Selic. A saber, as estimativas subiram de 12,75% ao ano para 13,00% ao ano para 2022. Em síntese, o BC se reuniu na semana passada para definir os juros do Brasil e decidiu elevar a Selic para 11,75%, maior patamar desde abril de 2017.
Para 2023, as estimativas para a taxa de juros também subiram, de 8,75% ao ano para 9,00% ao ano. Contudo, não houve alteração para 2024 (7,50% ao ano), nem para 2025 (7,00% ao ano).
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