O mercado financeiro elevou pela 18ª semana seguida a projeção para a inflação do Brasil em 2021. Com uma alta firme de 0,09 ponto percentual (p.p), a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou para 6,88%, ficando cada vez mais longe da meta para este ano.
Aliás, a taxa da inflação é determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e, para 2021, o órgão definiu a meta em 3,75%. No entanto, os analistas do mercado financeiro apontam há semanas que a inflação ultrapassará em muito esta meta definida.
As informações estão presentes no relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (9). A propósito, a taxa para 2022 passou de 3,80% para 3,81%, mas continuou em 3,25% para 2023 e em 3,00% para 2024.
Inflação se afasta cada vez mais do limite definido
A saber, o CMN define a meta para a inflação de três anos seguidos, alterando os valores caso haja necessidade. A partir disso, o BC deve adotar medidas para alcançar a meta, pois uma inflação estável permite maior crescimento econômico, visto que há redução nas incertezas do país.
Nesse sentido, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tem papel muito importante. Em suma, o IPCA, calculado pelo instituto, funciona como previsão oficial da inflação. Além disso, o CMN tem definido um intervalo de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.
Por isso, a meta para a inflação de 2021 é de 3,75% e o intervalo varia de 2,25% a 5,25%. Isso quer dizer que a inflação pode chegar até 5,25% e, mesmo assim, ela não extrapolará o limite da meta. Contudo, a projeção do mercado para 6,88% supera em mais de 1,5% o limite superior definido.
Estimativa para o PIB se mantém estável
O relatório Focus também reportou que, após 15 semanas consecutivas de estimativas mais animadoras para a economia brasileira, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro manteve estabilidade nesta nova atualização. Assim, o PIB deve crescer 5,30% em 2021, mesma taxa da última atualização.
Por outro lado, a projeção para 2022 recuou de 2,10% para 2,05%. Já para 2023 e 2024, o PIB brasileiro deve crescer 2,50% em cada ano. Por sua vez, o dólar deve encerrar o ano cotado a R$ 5,10, mesma taxa da última estimativa. E a projeção para a taxa básica de juros, a Selic, teve leve avanço de 7,00% para 7,25%.
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