O Facebook e o Instagram irão liberar, temporariamente, que seus usuários defendam atos de violência contra os russos. Isso, no contexto da guerra que acontece hoje na Ucrânia. A informação foi revelada nesta sexta-feira (11) pela agência de notícias “Reuters”, que teve acesso a e-mails da empresa Meta, controladora das redes sociais.
Meta, dona do Facebook, impõe sanção à mídia estatal da Rússia
De acordo com a publicação, em alguns países, como Rússia, Ucrânia e Polônia, a companhia já liberou que pessoas postem mensagem defendendo a morte de Vladimir Putin, presidente russo, ou de Alexander Lukashenko, chefe do Executivo de Belarus.
Ainda conforme a “Reuters”, esses e-mails foram enviados para as pessoas que atuam na função de moderar os conteúdos da empresa. Todavia, a recomendação vem com uma ressalva: a defesa de atos que levem à morte desses líderes será permitida, menos quando elas vierem juntas de pedidos para que outros indivíduos também morram.
Essa postura representa uma mudança da política tanto do Facebook quanto do Instagram, que sempre tiverem regras para tentar coibir a incitação de violência. Nas mensagens reveladas pela “Reuters”, a Meta detalhou que a defesa de atos de violência contra russos será permitida, mas desde que esteja claramente relatando sobre a invasão da Ucrânia.
Resposta russa às ações no Facebook e no Instagram
Neste sexta-feira, depois que a “Reuters” divulgou a notícia sobre a liberação da Meta para que o Facebook e o Instagram passe a permitir publicações incitando violência no período de guerra, Dmitry Peskov, o porta-voz da Rússia, afirmou que o governo não quer acreditar que seja verdade a revelação da agência.
“Não queremos acreditar na reportagem da Reuters, é muito difícil acreditar”, disse Dmitry Peskov, prometendo sanções à empresa caso a informação seja verdadeira. “Torcemos para que não seja verdade, porque se for, isso significará que teremos medidas mais decisivas para terminar com as atividades dessa empresa”, afirmou ele.
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