Pela primeira vez desde dezembro do ano passado, quando três garotos desapareceram em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, a Polícia Civil assumiu que os meninos podem ter sido mortos pelo tráfico de drogas da região.
A informação foi revelada nesta quinta-feira (19) pelo deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL), que disse em entrevista ao jornal “O Globo” que o delegado que cuida da investigação, Uriel Alcântara, informou que está é a principal linha de investigação.
Assim como publicou o Brasil123 à época, Lucas Matheus, de 9 anos, e Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12 anos, saíram para jogar futebol e nunca mais voltaram. Conforme a investigação, os meninos podem ter sido mortos depois que furtaram uma gaiola de passarinho.
“A gente trabalha com essa questão e, em razão disso, o tráfico teria determinado, teria pegado essas crianças, não sabe o que teria acontecido, como teria ocorrido, mas sabe que, em razão disso, essas crianças foram pegas e foram mortas dentro da comunidade”, disse o deputado.
“Então, a gente sabe que essas crianças tiveram os corpos levados para um rio”, afirmou ele, que ainda revelou que os investigadores trabalham com “a responsabilidade do tráfico de drogas por ter matado essas crianças e ocultado os corpos”.
Por fim, ele ainda afirmou que a Polícia Civil descartou todas as outras linhas de investigação que não envolviam o tráfico de drogas como responsável pela morte dos garotos, que seguem desaparecidos.
Ossada não é dos meninos
No início deste mês, agentes da Polícia Civil encontraram uma ossada debaixo de uma ponte da região onde os meninos sumiram após um homem ter se apresentado e afirmado que seu irmão teria sido o responsável por ocultar os corpos das crianças.
No entanto, uma perícia realizada pela Polícia Civil constatou que a ossada encontrada não era de nenhum dos três meninos desaparecidos desde dezembro do ano passado. De acordo com a análise, o material encontrado é de origem animal.
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