A meningite é bastante grave na população infantil em função da sua alta letalidade. Afinal, ela tem cerca de 250 mil mortes por ano. Além do seu alto poder de causar epidemias de rápida propagação. No entanto, a doença pode ser prevenida pela vacinação disponibilizada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) e nas unidades particulares de saúde.
Um fator que tem deixado a comunidade médica em alerta é a queda da procura pela imunização. Segundo uma pesquisa realizada pela farmacêutica GSK, 50% dos pais brasileiros adiaram a vacina nos últimos meses.
Antigamente, era visto uma frequência de casos e epidemias de meningite bacteriana em crianças abaixo dos cinco anos de idade. Mas com a vacinação isso praticamente desapareceu. A comunidade médica e os governos precisam conscientizar a população urgentemente para que os cartões de vacinação voltem a ser colocados em dia.
Queda na imunização contra a meningite
A queda na imunização contra a meningite incentivou a Organização Mundial da Saúde (OMS) e seus parceiros a lançarem a primeira estratégia global para derrotar a doença. Até 2030, as metas são eliminar epidemias de meningite bacteriana e reduzir as mortes em 70%. Além de diminuir pela metade o número de casos.
As organizações estimam que, no total, a estratégia pode salvar mais de 200 mil vidas anualmente e reduzir significativamente as incapacidades causadas pela doença.
De acordo com um relatório divulgado pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde de São Paulo, o distanciamento social necessário para reduzir a transmissão Covid-19, somada ao receio de comparecer aos serviços de saúde, diminuiu a vacinação de rotina. O relatório revela, ainda, que com exceção da pneumocócica, os percentuais de cobertura de todas as vacinas analisadas foram inferiores a 80% em 2020.
Contudo, a prevenção contra a doença da doença é importante. Ela é definida pela inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, chamadas meninges, causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas.
Além das vacinas contra alguns tipos de meningite, medidas preventivas, como lavar as mãos frequentemente, manter ambientes ventilados e arejados ajudam a interromper a disseminação de vírus e bactérias causadoras da doença.
Sintomas e Tratamentos
Casos de meningite ocorrem ao longo de todo o ano. Todavia, a transmissão por via respiratória aumenta onde as pessoas se aglomeram em ambientes fechados.
No caso de uma pessoa infectada, o primeiro passo é o isolamento social. Em seguida é feito um mapeamento das outras pessoas que tiveram contato com a infectada, para que seja feita a profilaxia medicamentosa nelas.
Os sintomas da meningite podem surgir de forma repentina e se caracterizam por febre, dor de cabeça, rigidez ou dor no pescoço, náuseas e vômitos.
Devido à gravidade, ao se suspeitar da doença, é fundamental a ida até a urgência ou emergência mais próxima para avaliação médica. O atraso no diagnóstico pode contribuir para o óbito.
Para o tratamento das meningites bacterianas, virais e fúngicas são administrados antibióticos, antivirais, dependendo da avaliação médica e em ambiente hospitalar. Além disso, antes de iniciar o tratamento contra a meningite é preciso saber em qual estágio está a doença.