Nesta terça-feira (10) foi publicada no Diário Oficial da União, a Medida Provisória Nº 1.061/2021, que substitui o programa social Bolsa Família pelo Auxílio Brasil e institui o Programa Alimenta Brasil.
De acordo com as informações veiculadas nas entrevistas coletivas do presidente Jair Bolsonaro e ministro da Cidadania, João Roma, os valores devem ser definidos em setembro, com o início dos pagamentos programado para novembro.
Auxílio Brasil
A saber, o novo programa terá três modalidades de benefício básico: Primeira Infância, Composição Familiar e Superação da Extrema Pobreza:
- Benefício Primeira Infância: Contempla famílias com crianças entre zero e 36 meses incompletos;
- Benefício Composição Familiar: Diferente do Bolsa Família, que limita o benefício aos jovens de até 17 anos, será direcionado também a jovens de 18 a 21 anos incompletos;
- Benefício de Superação da Extrema Pobreza: Se depois de receber os benefícios anteriores, a renda mensal per capita da família não superar a linha da extrema pobreza, ela terá direito a um apoio financeiro sem limitações relacionadas ao número de integrantes do núcleo familiar.
O programa também contempla seis benefícios acessórios, que poderão ser somados ao valor recebido, desde que sejam cumpridos os requisitos adicionais: Auxílio Esporte Escolar, Bolsa de Iniciação Científica Júnior, Auxílio Criança Cidadã, Auxílio Inclusão Produtiva Rural, Auxílio Inclusão Produtiva Urbana e o Benefício Compensatório de Transição.
Programa Alimenta Brasil
Pela Medida Provisória, o Programa Alimenta Brasil substituirá o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ao consolidar normas já existentes, garantindo transparência e visibilidade às compras públicas da agricultura familiar.
Assim, de acordo com o programa, o governo comprará os alimentos produzidos pela agricultura familiar, com a proposta de garantir renda mínima aos produtores.
Além disso, os agricultores em situação de pobreza e de extrema pobreza receberão, ainda, o Auxílio Inclusão Produtiva Rural, por até 36 meses.
E os alimentos comprados pelo governo federal serão doados à rede de assistência social, com o objetivo de ajudar as famílias em situação de vulnerabilidade para o acesso à uma alimentação de qualidade.
Valor e retorno ao programa
O presidente Bolsonaro vem indicando o desejo para um aumento de, no mínimo, 50% no valor médio do Bolsa Família, que atualmente é de R$ 189, o que poderia chegar a R$ 283,50. No entanto, os valores ainda estão sendo discutidos.
Ainda mais, o Auxílio Brasil terá um bônus para quem conseguir emprego e sair da faixa de enquadramento do programa, sendo os beneficiários mantidos na folha de pagamento por mais 24 meses, no que está sendo chamado de medidas emancipatórias.
E de acordo com o Ministério da Cidadania, a família que deixar de receber o Auxílio Brasil, por vontade própria ou após os 24 meses acima citados, poderá retornar ao programa com prioridade, sem enfrentar fila, desde que permaneçam atendidos os requisitos de elegibilidade.
Veja ainda: Dinheiro na mão: Caixa terá crédito de até R$ 3000 para usuários do Caixa Tem em SETEMBRO