O médico Alan Landecker, um cirurgião plástico especialista em rinoplastia, foi afastado de três dos principais hospitais de São Paulo depois que, assim como publicou o Brasil123, pacientes relataram que ficaram com o nariz deformado após passarem pelas mãos do profissional.
Um dos hospitais que afastou o profissional foi o Albert Einstein, que informou nesta sexta-feira (05) que abriu uma investigação administrativa para esclarecer as denúncias feitas por diversos pacientes. Além da unidade, os hospitais Sírio-Libanês e São Luiz também instalaram sindicâncias e anunciaram o afastamento do especialista.
Conforme o relato de 30 pessoas que foram atendidas pelo médico, elas foram acometidas por infecções bacterianas depois dos procedimentos cirúrgicos, o que acabou causando a elas deformações, perda de olfato e perfuração devido ao apodrecimento da pele.
Desde que foram divulgados os relatos, o médico tem repudiado as acusações e dito que os problemas foram causados, na realidade, porque seus pacientes descumpriram as orientações dadas por ele no pós-operatório.
Investigações
De acordo com a Polícia Civil, as investigações para apurar as denúncias já foram iniciadas. Além da corporação, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) também revelou que está analisando o caso.
Grupo no WhatsApp reunindo ex-pacientes
Por conta dos relatos, até um grupo de WhatsApp foi criado por ex-pacientes do médico. A informação foi revelada pelo empresário Veraldino de Freitas Júnior, de 35 anos, uma das supostas vítimas do médico.
De acordo com ele, a ideia do grupo surgiu quando, durante uma live, ele descobriu que a modelo Sarah Cardoso também havia passado pelo mesmo problema com o médico.
Hoje, relata o empresário, o grupo já reúne 30 pessoas com complicações semelhantes, embora as infecções sejam por diferentes tipos de bactérias. “Não sabemos de quem é a responsabilidade pela infecção porque aconteceu no ambiente hospitalar, mas a grande falha comigo e com os outros foi a negligência de sempre amenizar a situação”, afirmou Veraldino.
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