Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente e presidente do partido Rede Sustentabilidade, lançou oficialmente a sua pré-candidatura a deputada federal por São Paulo. O anúncio, feito nesta segunda-feira (04), “acaba” com a possibilidade de ela ser vice na chapa de Fernando Haddad (PT) ao governo de São Paulo.
Durante o anúncio, Marina Silva afirmou que vai ser candidata ao cargo com o intuito de “salvar a democracia”. Na ocasião, ela lembrou que, em 1979, chegou em São Paulo para receber um tratamento contra malária e hepatite. No momento em que contava que foi salva pelos médicos, explicou que, agora, é sua vez de “salvar” tanto as minorias sociais quanto o meio ambiente.
“Vamos salvar a vida da democracia, a vida dos biomas brasileiros, a vida das mulheres tão agredidas, como nós sempre vemos, e principalmente nos últimos dias, e dos jovens pretos de periferia que não têm um lugar no mundo”, disse ela que, em outro momento, fazendo uma crítica ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), comentou que o Brasil hoje vive uma guerra, diferente da que acontece entre Rússia e Ucrânia, por exemplo.
“Aqui no Brasil tem uma guerra em que todo momento tem míssil sendo lançado em cima do MEC, outro em cima do Ministério da Saúde, outro em cima do Vale do Javari, tirando a vida do Dom, a vida do Bruno e de tantos que tombaram nessa luta”, afirmou a ex-ministra.
Marina Silva também prestou uma homenagem às personalidades que lutaram pelo meio ambiente. Dentre essas pessoas homenageadas estavam o indigenista Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, que foram encontrados mortos em junho no Amazonas.
Por fim, a ex-ministra ainda afirmou que, apesar de não compor uma aliança com Fernando Haddad, irá apoiar o petista. Segundo ela, a decisão se deu “após uma discussão” entre as lideranças do partido. Fernando Haddad, inclusive, estava no local e teceu muitos elogios à Marina Silva. “É motivo de orgulho para os paulistas poderem contar com uma deputada federal da estatura da Marina”, disse o pré-candidato ao governo.
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