Informações dadas pelo monitoramento de satélites mostram que ainda há atividade de garimpo ilegal na região Yanomami, ainda que a maioria dos pontos garimpo já tenha sido desativada.
Nesse sentido, a ministra do Meio Ambiente e Mudança de Clima, Marina Silva, que nesta segunda-feira (1º) esteve em uma comitiva do governo federal em Roraima para acompanhar tal situação que se encontra na Terra Indígena Yanomami. Na comitiva, o grupo também era formado pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, e Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas.
Portanto, no final da visita, Marina Silva disse: “Nós pudemos observar no sobrevoo que existem vários garimpos que, de fato, foram desativados, estão abandonados, mas alguns, segundo os dados do satélite, e pelo que pudemos observar, continuam ativos. E serão desativados”.
Assim, a viagem foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após ter acontecido um atentado cometido por garimpeiros no qual ocorreu a morte de um indígena e dois feridos.
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Ataque sofrido pelo indígena
Dessa forma, Ilson Xirixana uma das vítimas que sofreu o atentado e veio a óbito, atuava na área da saúde na região. De acordo, com a ministra Marina Silva, uma grande porcentagem dos garimpeiros que ocupavam aquela região, já saíram do local.
Contudo, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi até o local onde se encontra os outros dois que sofreu o lamentável atentado. Ambos estavam internados no Hospital Geral de Roraima (HGR), porém, fora de perigo.
Com isso, a ministra lamenta pelo ocorrido e elogia as equipes que socorreram as vítimas. E ainda salientou a necessidade de garantir a segurança a esses profissionais. Assim disse: “O ataque ocorreu próximo a uma unidade de saúde que conseguimos abrir recentemente.
Isso coloca, para nós, a necessidade, ao lado do cuidado com a saúde dos indígenas, o cuidado com aos trabalhadores da área. Precisamos cuidar de quem está cuidando”.
A Pacificação do território indígena
Portanto, uma das preocupações do governo, segundo a ministra dos Povos Indígenas, é desocupar a Terra Indígena Yanomami de forma pacífica. Com isso, a ministra reforçou dizendo: “A nossa preocupação é que tudo aconteça da forma mais pacífica possível. A gente não está, de forma alguma, incentivando esse conflito, não queremos derramamento de sangue.
É por isso que a gente vem aqui, mais uma vez, para trazer essa presença do Estado brasileiro e reforçar a operação de libertação dentro do território yanomami”.
Yanomami em evidência
Além disso, Tadeu Alencar, o secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, se pronunciou sobre o caso em menção aos invasores da terra indígena, dizendo:
“O Estado brasileiro não vai tolerar aqueles que, de forma flagrante, ilegal e criminosa estão sendo recalcitrantes quanto à decisão de deixar esse território com os povos originários, para que o Estado possa cumprir o seu papel.
Importante ressaltar que os Yanomami são um grupo indígena historicamente isolado cujo contato com o homem branco deu-se de forma relativamente recente. Nesse sentido, sofreram bastante com os recentes episódios de destruição de terra que ocorreram mais notoriamente nos últimos 3 anos.
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