A Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro determinou a cassação do mandato do ex-prefeito e atual deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos). Com isso, além de ficar inelegível pelo prazo de oito anos, o parlamentar terá de pagar multa de um valor ainda não revelado.
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Essa informação foi revelada neste domingo (28) pelo jornal “Folha de S. Paulo”, que explicou que a decisão foi tomada no começo deste mês, em primeira instância, e é referente à eleição realizada em 2020 – na ocasião, Marcelo Crivella tentava sua reeleição à prefeitura do Rio de Janeiro, e, em processo movido pelo PT e PCdoB, o parlamentar foi acusado de participar de um esquema que teria barrado a divulgação de notícias sobre a saúde no Rio de Janeiro.
Neste domingo, a assessoria de imprensa do Republicanos disse que ainda cabe recursos contra a decisão e que não há efeitos imediatos sobre o mandato. Além disso, o partido de Marcelo Crivella também afirmou que não comentará o caso porque este processo está correndo em sigilo.
Em abril deste ano, a Justiça Eleitoral condenou Marcelo Crivella a oito anos de inelegibilidade. O motivo, um suposto abuso de poder econômico cometido pelo político durante a disputa eleitoral de 2020, em uma ação movida por Eduardo Paes (PSD), oponente de Marcelo Crivella à época e atual prefeito do Rio, e pela coligação composta por Cidadania, DC, PV, PSDB, Avante, PL e DEM.
Esta decisão também era de primeira instância e cabia recurso. Na época, a defesa do político afirmou que não iria recorrer contra a decisão da Justiça Eleitoral, que declarou Marcelo Crivella inelegível por oito anos subsequentes a 2020 e também determinou como pena a cassação do seu diploma como deputado federal.
Tanto Marcelo Crivella quanto a candidata a vice-prefeita em sua chapa, a tenente-coronel Andrea Firmo (Republicanos), foram condenados pelo financiamento com uso de recursos da campanha eleitoral para confecção de 1,5 milhão de panfletos que continham informações inverídicas sobre o concorrente Eduardo Paes.
Andrea Firmo também foi declarada inelegível por oito anos subsequentes a 2020. Além disso, ela foi condenada a ressarcir o valor integral e atualizado dos recursos públicos mal-empregados à Justiça Eleitoral.
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