Entre todos os estados do Brasil, o Maranhão é aquele que apresenta o menor número de carteiras assinadas. Quem diz isso é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No final de 2020, menos da metade da população que trabalha tinha essa assinatura.
De acordo com os dados da pesquisa, o Maranhão tinha 48,5% de trabalhadores formais. Isso considerando os dados do último trimestre de 2020. Isso significa dizer que menos da metade possui essa assinatura na carteira.
E esses dados preocupam muito. É que se sabe que o trabalho formal é uma espécie de garantia mínima de direitos. O trabalhador formal vai ter muito mais facilidade de cobrar os seus direitos. Não é que o informal não tenha direitos. Mas é que ele vai ter mais dificuldades.
Comprovar um vínculo de emprego sem ser um trabalhador formal nem sempre é tarefa fácil. Em muitos casos, por exemplo, os próprios juízes não reconhecem esse vínculo e o trabalhador acaba perdendo o direito de receber benefícios que teria normalmente.
Do outro lado, dados do IBGE também mostram que o Maranhão tem 52% de taxa de informalidade. E isso significa afirmar que a maior parte da população que trabalha por lá está em situação muito precária ou pelo menos sem quase nenhuma segurança jurídica.
Carteira no Maranhão
A situação por lá no Maranhão piorou por causa da pandemia do novo coronavírus. É que, assim como todos os outros estados, muita gente perdeu o emprego formal e teve que começar a fazer bicos, que é o trabalho informal.
Trabalhadores informais até puderam receber parcelas do Auxílio Emergencial em 2020. Mas esse auxílio do Governo Federal já acabou em dezembro. Agora essas pessoas esperam pela prorrogação. Mas ainda não há uma data para isso.
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