A ex-deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB) usou sua conta do Instagram nesta segunda-feira (01) para denunciar que sofreu novos ataques e ameaças de mortes. Na captura de tela compartilhada pela ex-parlamentar, é possível ver que ela foi xingada, ameaçada de morte e estupro.
Nas conversas privadas em que Manuela D’Ávila foi ameaçada, sua filha de seis anos, sua mãe e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também foram citados. No trecho compartilhado, é possível ver que o criminoso usou palavras muito pesadas para se referir à filha da ex-deputado, dizendo também que iria matar a mãe da ex-deputada, Lula e ainda estuprá-la.
De acordo com ela, “ser uma mulher pública no Brasil é ser ameaçada permanente”. “É escolher um lugar para o medo, outro para a coragem, outro lugar por fingir ignorar. Ser mulher pública é conviver com a ameaça de estupro como correção pela coragem, com a ameaça de morte como silenciador”, disse ela na publicação do Instagram.
Em 2020, durante as eleições municipais pela prefeitura de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a ex-deputada, que terminou a disputa em segundo lugar, chegou a denunciar à polícia que sua filha tinha sido ameaçada de morte. Nesta segunda, Manuela D’Ávila revelou em nota que o novo caso foi judicializado para que sejam tomadas as devidas providências.
O nome de Manuela D’Ávila surgiu nacionalmente em 2018, quando ela foi vice na chapa de Fernando Haddad (PT), que terminou em segundo nas eleições presidenciais, atrás do agora presidente Jair Bolsonaro (PL).
Neste ano, a parlamentar não disputará nenhum cargo, mesmo após ter sido cotada como candidata ao Senado pelo Rio Grande do Sul. De acordo com ela, a decisão de não participar das eleições veio porque ela não se sente segura diante dos seguidos ataques, como o reportado nesta segunda.
Leia também: PTB anuncia Roberto Jefferson, que está em prisão domiciliar, como candidato à presidência