Manifestantes invadiram, neste domingo (30), a fazenda Santa Elisa, da senadora Tereza Cristina (PP) e de seus irmãos. De acordo com informações do canal “CNN Brasil”, a polícia foi acionada e o grupo foi retirado da fazenda da parlamentar, que foi ministra da Agricultura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ainda segundo a emissora, não existe a confirmação se os manifestantes têm relação com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Não suficiente, a “CNN Brasil” explicou que a propriedade, que fica sediada em Terenos, no Mato Grosso do Sul, produz soja e é utilizada para criação de gado.
De acordo com as informações, os manifestantes não chegaram a ocupar a sede da fazenda da senadora, que além de ministra da Agricultura, também já foi deputada federal e presidente da Frente de Defesa da Agricultura na Câmara dos Deputados.
No Twitter, Tereza Cristina confirmou o episódio e explicou que os invasores saíram do local, de forma pacífica, após a intervenção da Polícia Militar (PM). “Na madrugada deste domingo, um pequeno grupo de invasores sem-terra tentou ocupar a fazenda da família da senadora Tereza Cristina, localizada em Terenos. Eles se retiraram ainda pela manhã, pacificamente, após intervenção da Polícia Militar”, publicou a senadora.
Nas redes sociais, apoiadores da senadora, aliado ao ex-presidente Bolsonaro, disseram que a invasão foi uma provocação à criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que tem como objetivo investigar invasões de terras deflagradas pelo MST neste ano.
“Hoje, 30 de abril, o movimento fora da lei que apoia e participa do governo do PT, invadiu a propriedade da senadora Tereza Cristina. Passou da hora de enquadrar seus dirigentes em função dos crimes de invasão, constrangimento, ameaças, depredação de patrimônio entre outros. CPI do MST já”, publicou o senador Rogério Marinho. “Esses criminosos não tem limites e claramente querem afrontar. Aguardem a CPI das invasões de terras”, comentou a deputada Bia Kicis (PL).
Se por um lado a ala apoiadora de Bolsonaro é a favor da CPI, apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) são contra à comissão. Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, por exemplo, tem contestado a ideia, dizendo que essa comissão não tem o que investigar. Isso porque, de acordo com ele, não existe, atualmente, terras invadidas pelo MST. Nesse sentido, o ministro diz que a criação da CPI visa somente “alimentar luta”, uma vez que as ocupações tiveram “caráter de protesto”.