A manifestação a favor do presidente Bolsonaro ocorreu no último sábado (01), durante todo o dia na cidade de Goiás. O grupo estava usando a roupa do Ku Klux Klan e continha uma imagem da bandeira brasileira no cartaz. A mensagem dizia: “Deus, perdoe os torturadores”.
O jornal Metrópoles entrou em contato com a prefeitura da cidade e a resposta foi que o ato realmente aconteceu. Dessa forma, não seria uma notícia falsa como muitos chegaram a supor. Inúmeras fotografias das roupas e do cartaz foram divulgadas nas redes sociais.
A dupla estava vestida com trajes brancos de farricocos, que são usados na Procissão do Fogaréu, tradicional evento da religião católica na cidade. Uma outra placa dizia “direita com Bolsonaro”.
Maio deve ser um mês marcado por manifestações, especialmente em Brasília. Muitas já estão programadas para o dia 16 deste mês.
O ocorrido foi em frente ao convento domiciano, congregação fundada por São Domingos de Gusmão há mais de 8 séculos. No local, muitos religiosos também foram perseguidos pela Ditadura Militar que teve início no ano de 1964.
Bolsonaro é a favor da ditadura e seu filho, Eduardo, defendeu o golpe aplicado em El Salvador em que o presidente teria mandado embora 5 juízes por tomarem atitudes contra o que ia de acordo com seu governo. Eduardo argumentou que, se esses juízes querem atuar como superiores na política, eles devem ir para as ruas para conseguirem votos.
Nota da prefeitura de Goiás em relação a manifestação a favor de Bolsonaro:
“A utilização de um símbolo da tradição religiosa e cultural da Cidade de Goiás, o farricoco da procissão do Fogaréu, para fazer apologia a tortura e a ditadura militar, é não somente uma afronta a sociedade vilaboense e a fé de nosso povo, mas configura crime, previsto no art. 287 do Código Penal.”
A prefeitura argumentou que o ato se configura como crime porque não respeitou um símbolo de fé da cidade como também idealizou a ditadura. Os responsáveis pelo carregamento do cartaz ainda não foram descobertos.
“Justo em solo sagrado e patrimonial da cultura afro-brasileira da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos erguida às custas do flagelo do povo negro e de seus remanescentes.”